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— RODA CIRANDA —

Letras e Músicas: Mauro Rueda

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Roda Ciranda
Mauro Gonçalves Rueda

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Fonte Digital
Documento do Autor
maurorueda5@hotmail.com
maurorueda@uchoanet.com

© 2003 — Mauro Gonçalves Rueda


 

Índice

Sobre Roda Ciranda
RODA CIRANDA
A Sonhar
Pequenas Criaturas
O Palhaço
O Dragãozinho
Roda Ciranda
O Soldadinho
A Bruxinha
Mafaldinha a Minhoca
As Criancas
O Engano
Ratanildo o Ratinho
A Baratinha
Infância
O Fantasminha
Seu
O Cavalinho
Pedacinho de Céu
O Planeta Terra
Numa Boa
A Chuva

Parcerias


RODA CIRANDA

(Musical Infanto-juvenil)

MAURO GONÇALVES RUEDA
São José do Rio Preto, 1.992.


 

 

Para Maricy e Joyce de Castro Rueda

 

 


Sobre Roda Ciranda

 

     O Show “Roda Ciranda” foi composto em 1.992. Letras e Músicas de Mauro Rueda. O trabalho não chegou a ser “realmente montado” e ao contrário de “O Reino Encantado”, continua inédito e ainda inteiramente indefinido em suas harmonias, arranjos e retoques finais, devendo receber nova roupagem.


 

— RODA CIRANDA —
Letras e Músicas: Mauro Rueda

 

A SONHAR
(Mauro Rueda)

Quem foi que fez
os passarinhos?

Quem foi que fez
as estrelinhas no céu?
Quem foi que deu
asas ao vento?
E fez também
o barquinho de papel?

Foi o menino, o menininho
que desenhou em seu caderninho.
(Repete)

Quem foi que fez
a chuva caindo?
O arco-íris,
o riachinho a correr?
Quem foi que fez
os astros cadentes
nas noites de lua
para a gente ver?

Foi o menino, o menininho
que desenhou em seu caderninho.
(Repete)

Foi a menininha
num cantinho a sonhar.
(fim)


 

PEQUENAS CRIATURAS
(Mauro Rueda)

Eu sou um beija-flor
que voa, que paira, pareço bailar.
Eu beijo as flores com muito carinho
por favor não me prendam, preciso voar!

Eu sou uma borboleta
voando, pousando em qualquer lugar.
Minhas asas tem cores feito um arco-íris
por favor não me prendam, preciso voar!

Eu sou uma cigarra
que canta e canta, pra lá e pra cá.
Eu canto na mata, canto no quintal
por favor não me prendam, preciso cantar!

Nós somos bichinhos
vivemos a voar;
cantando ou bailando
pra vida alegrar.

Nós somos filhos de Deus
também, pequenas criaturas;
por favor não nos prendam
e nem deixem nos matar.


 

O PALHAÇO
(Mauro Rueda)

Numa cara de palhaço
vejo sonhos coloridos;
um nariz todo vermelho
engraçado e atrevido.

Suas roupas, seus sapatos
são enormes, engraçados;
seus cabelos são azuis
e ele é todo atrapalhado.

Ensaia uma cambalhota,
tropeça e vai ao chão.
Todos riem do palhaço,
no circo ou na televisão.

O palhaço é nosso amigo:
é ele quem nos faz sorrir..
Seja Mussum ou Dedé,
Zacarias ou Didi.


 

O DRAGÃOZINHO
(Mauro Rueda)

“Eu sou um dragão bonzinho
pequeno e fraquinho,
soltando fumaça
pelas narinas, feito chaminé

“Meu pai é grande e feroz
seu fogo se espalha
quando ele espirra
pelas narinas, feito um vulcão.

“Ele me disse um dia:
— Você nem parece um dragão.
Meu filho a honra da família,
foi mantida a cada geração!”.

“Mas eu não consigo ser
feroz e valente
e estou contente
assim nesse jeito
bonzinho de ser”.
(Repete)


 

RODA CIRANDA
(Mauro Rueda)

Cadê você,
cadê meu boi
pra brincar de roda
num tempo que foi
de nossos pais
de nossos avós
eu faço ciranda
você vem rodar?!

Quem traz um sorriso
tem sempre pra dar;
quem entra na roda
aprende a cantar.
Quem canta é contente
e aprende a sonhar.
Quem canta é contente
e aprende a sonhar.

Cadê a lua
me dando a mão?
Cadê as crianças,
cadê meu pião?
Cadê fogueirinha
e o belo balão
subindo, sumindo
lá na imensidão?!


 

O SOLDADINHO
(Mauro Rueda)

Marcha soldadinho
de chumbo ou de latão.
Marcha direitinho
e te promovo à capitão.

Marcha soldadinho
depois faz meia-volta,
se não marchar direito
te deixo atrás da porta.

Marcha soldadinho
da cabecinha oca.
Depois vai pra caminha
de farda e de touca.

Marcha soldadinho
atrás do pelotão;
cabeça de papel,
coração de melão.


 

A BRUXINHA
(Mauro Rueda)

Era uma vez, uma bruxinha
danadinha que ela só..
Sua vassourinha tem motor
ai, de aspirador de pó.

“Alakazim, paratibum!”
Uma magia ela fez.
Mas magia descartável
que não dura nem um mês.

Katipumba, cataplam,
vapt-vupt, brocotó!
Suas palavrinhas mágicas
em sua língua dão um nó.

Tizumpá! Isso é magia
de varinha encantada?
Qual o quê?
Isso é vassoura
quando sofre uma trombada!


 

MAFALDINHA A MINHOCA
(Mauro Rueda)

Mafaldinha a minhoca
já não regulava bem
paquerava um gravetinho
que chamava de meu bem.

Todo dia bem cedinho
Mafaldinha na ilusão
saía de um buraquinho
num canteiro de agrião.

E sorria bonitinho
palpitando o coração.
e o graveto bem quietinho
não dizia sim, nem não.

E com isso, Mafaldinha,
vivia na ilusão:
se pintava, se ajeitava,
rouge, blusch e batom.

A sainha bem rendada,
anel, brinco, que paixão!
Mafaldinha, coitadinha!,
era feliz na ilusão.


 

AS CRIANÇAS
(Mauro Rueda)
(Para: Leo – Leonardo Simões)

Nós somos as crianças do mundo
e trazemos em nosso coração
a alegria, o sorriso, a pureza,
a inocência, o amor, o perdão.

Nós queremos um mundo melhor
em que os povos sejam todos irmãos:
sem o ódio, a guerra, a miséria;
com direitos à bonança, ao pão.

Nós somos como você
a sonhar para poder viver.
Nós somos a luz do futuro
e a esperança que nunca vai morrer.
Lalalalailá, lalalalaiá,
Lalalalaialá, lalalalalaiá!..

Nós amamos toda a natureza
as plantinhas, o rio, o ar.
Nós amamos os animaizinhos
que nos ensinam a sorrir e a brincar.

Nós sonhamos com a paz no planeta;
nossa Terra azul a girar
pelo espaço, nos braços do Tempo
que não pára e nos convida a cantar!

Nós somos como você
a sonhar para poder viver.
Nós somos a luz do futuro
e a esperança que nunca vai morrer.
Lalalaiá, lalalaiá
Lalalaiá, lalalaiá!


 

O ENGANO
(Mauro Rueda)

Matilde a taturana
solta fogo pelas ventas.
É mentira, pois Matilde
nem do fogo ela é.

Ela é manduruvá
que vai ser um “borboleto”;
foi o Zé quem confundiu
que Matilde era mulher.

Mas Matilde não é ela;
pois Matilde ele é.
Não põe fogo pelas ventas
e nem do fogo ele é.


 

RATANILDO O RATINHO
(Mauro Rueda)

Ratanildo era um rato
que vivia a roer,
roeu a roupa do rei
e ria a não mais poder.
Que ratinho mais esperto
rói tudo o que encontrar.
Na cozinha fez estrago
e roeu todo o jantar.

Tão arisco, Ratanildo,
na ratoeira não caiu.
O rei foi pegar o queijo,
qual o quê, ele sumiu!
E o rei enraivecido,
pôs-se as unhas a roer;
e o ratinho ria tanto
que só vendo para crer.

Mas um dia o rei zangado,
resolveu entrar na briga.
E o ratinho enganado,
roeu um queijo estragado
que lhe deu dor de barriga.

E o rei agora ria
do danado do ratinho
que juntou a sua trouxa
pra procurar outro cantinho.


 

A BARATINHA
(Mauro Rueda)

Dona barata,
dona baratinha
de saia rendada
falando sozinha.
A dona barata
cheirou detergente
ficou “mutcho” louca
cantando contente.

Já de pernas bambas
voou pra cozinha,
trombou com a parede
a dona baratinha.
Virou pirueta
e um tombo ela levou,
bateu no ladrilho
quase se esborrachou.

Sorriu disfarçado,
lá vinha o vovô
que fez pontaria
e o chinelo atirou.
Errou por um triz
e a barata fugiu.
Pra onde ela foi?
Ninguém sabe, ninguém viu!


 

INFÂNCIA
(Mauro Rueda)

Corre o tempo bem ligeiro
“pequerrucha”, meu amor..
Joga bolinha de meia
que a vida mal começou.
Roda pião, faz ciranda;
mãe da rua, quem sonhou?
Papagaio lá no alto,
veio o vento e carregou.

Lalalaiá, lalaiá,lalaiá
Lalalaiá, lalaiá, lalaiá

Boneca de pano e milho
seus cabelos, cor do sol;
corre atrás de passarinho,
lá no fundo do quintal.
Sabe o medo do escuro:
“Sai pra lá bicho papão!”.
Quem pulou amarelinha?
Salva-pega, quem pegou?
O trenzinho da alegria,
cabra-cega, boi-bumbá..
Corre o tempo bem ligeiro,
corre, corre sem parar.

Lalalaiá, lalaiá, lalaiá.
Lalalaiá, lalaiá, lalaiá!


 

O FANTASMINHA
(Mauro Rueda)

Lençolzinho o fantasminha
nunca assustou ninguém;
era tido por bobinho
mas pra ele “Tudo bem!”.
Ele era tão bonzinho,
tinha um grande coração.
Sorria tão bonitinho,
tendo todos por irmãos.

E por ser tão bonzinho
tinha sua compensação:
as crianças o adoravam
com carinho e emoção.

Os fantasmas já adultos
eram maus, sem compaixão:
assustavam gente, bichos
e aprontavam confusão.
Lençolzinho era medroso
e um dia se assustou
com a sua própria sombra
e o pobrezinho se molhou.


 

SEU
(Mauro Rueda)

Olha eu
beija eu
não me deixa sozinho
neste azul
em seu olhar.

Eu sou seu
céu sou eu
simples feito um bichinho
flora, fauna,
a te encantar.

Fonte que brota do monte
do alto, do céu, do sonhar.
E desce cantando o horizonte
que mergulha em seu doce olhar..


 

O CAVALINHO
(Mauro Rueda)

Upa!, upa! cavalinho.
Meu cavalinho alazão
de cabinho de vassoura
focinho de papelão.

Upa, upa, cavalinho!
Vai trotando sem parar.
Ploc–ploc, cansadinho
e se põe a relinchar.

Fiz um arreio de prata,
de camurça e de algodão.
Teu jeitinho, meu amigo
me alegra o coração.

Upa, upa, cavalinho!
Trotando na imensidão
com asas de passarinho
entre as nuvens de São João.

Vamos para a lua ver
São Jorge e o dragão,
antes que o dia amanheça
e ao nosso sonho diga não.


 

PEDACINHO DE CÉU
(Mauro Rueda)

Minha boneca de pano
vou te contar um segredo:
existe um lugar tão lindo
onde o sonho é sempre amar.
Ele é feito de magia
de alegrias e de cantar:
fica num pedacinho de céu
bem ali, por detrás do luar.

Minha boneca de pano
há uma estrela que virá nos buscar;
e juntas, vestidas de prata,
para lá iremos viajar.

Lá todo idoso é criança
e ser criança é tão bom.
Lá não existe pobreza
porque tudo é um só coração.
Lá não há medo, mentiras,
nem disputas; são todos irmãos.
Lá somos todos iguais,
com direitos à paz e ao pão.


 

O PLANETA TERRA
(Mauro Rueda)

Se você é minha amiga,
se você sabe amar;
se você semeia a paz,
então porquê me matar?
Eu sou rica em beleza,
planeta igual não há:
doces frutos, águas claras;
temos sol, temos luar.
Animais de qualquer raça
que se possa imaginar;
tenho ouro, verdes matas,
prata, cobre, sal e mar..

Por favor, não me destruam!
Sou criança a brincar
de ciranda pelo espaço,
a sonhar, sonhar, sonhar..

Sou azul, sou água, terra
tropical, gelo e sertão.
Eu sou rica entre os astros:
criança-constelação.
Plamta, colhe em meu ventre:
“Em se plantando tudo dá”..
Sou do céu, doce semente
pelo Cosmo a girar...


 

NUMA BOA
(Mauro Rueda)

Olha o jacaré
na beira do rio,
tomando um sol,
preguiçoso e vadio.
O sapo cantou
longe, na lagoa,
coaxa seu sapo
que a vida é tão boa.

Ah como é tão belo,
ah, viver numa boa.
O homem precisa aprender
a respeitar a quem quer viver.

O bicho preguiça
boceja com sono,
não quer fazer nada
e deixa pra outro ano.
A cobra desliza,
num silêncio sutil.
E depois mergulha
pra dentro do rio.


 

A CHUVA
(Mauro Rueda)

A chuva caindo
mansinha do céu,
molhando o jardim,
girando em carrossel.
A chuva caindo
regando as flores,
a rosa, o cravo,
bem-me-quer, mil-amores.
A chuva caindo
sobre o girassol,
em gotas suaves
entre os raios do sol.

Mas eis que distante
surge um arco-íris.
Contei sete cores,
do reino do céu.
São Pedro sorria
quando faz chover
mansinho na Terra
no riacho a correr.

Trina o canarinho
gorjeios são mil;
coaxa o sapo:
festa assim, não se viu.
No fim do arco-íris
há um pote de ouro;
há uma escada,
reluzindo um tesouro.
A tarde é festa,
alegria e canção;
o sol aquecendo
da Terra, o coração.


Parcerias

— RODA CIRANDA —
Letras e Músicas: Mauro Rueda

Este trabalho encontra-se à disposição para parceria/arranjos e montagem final.
Músicos e Grupos interessados, entrar em contato com o autor:
maurorueda@uchoanet.com
maurorueda5@hotmail.com
Também pode ser utilizado por Instituições de Caridade, Mestres e Professores das Redes Públicas Escolares


 

Para Joyce e Maricy
Para meu sobrinho: Fernando (Cabeção,
eu não me esqueci de você não. E te amo!)
Leonardo Simões (Leo).
Ana Lívia Volpatti.
E para a criança: Carmem Biseli Mingóia
e seus pequerruchos.

 

Mauro Gonçalves Rueda.
São José do Rio Preto, 1.992.


 

PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DA OBRA.
DIREITOS RESERVADOS PARA MARICY REGINA DE CASTRO RUEDA E JOYCE DE CASTRO RUEDA.
REGISTRADO NO EDA DE ACORDO COM A LEI N.° 9.610/98.
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. BY: MAURO GONÇALVES RUEDA.


 

©2003 — Mauro Gonçalves Rueda
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Abril 2003

 

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