KOREAEBOOKDOCUMENT1.2.0 Neblina Nikesh Murali eBooksBrasil.com eBooksBrasil.com ;>para.xml 300.jpg normal.sty para.xml smaller.sty $" small.sty )* normal.sty .2 large.sty 3: larger.sty 8B E/ 300.jpg }q sub.jpg ;x a indice2.jpg autor.jpg
Neblina
Nikesh Murali
Tradução:
Teotonio Simões
Versão para eBook
eBooksBrasil.com
Fonte Digital
Documento do Autor
Original inglês publicado por
Kingfisher Books
www.kingfisherbooks.com
©2003 — Nikesh Murali
índice
[
Ele
]
[
Ela
]
[
União
]
[
Um Ônibus Cheio de Sonhos
]
[
Neblina
]
[
Cortejo
]
[
Dor
]
[
Rompimento
]
[
A Roda do Tempo
]
[
Reunião
]
[
O Autor
]
NEBLINA
Nikesh Murali
Para meu irmão mais velho.
Agradecimentos
Um obrigado especial para todos os UNI-Yians for serem uma multidão tão colorida e Arjun, que inpirou e encorajou.
Teu nome escrevi na areia
mas a onda o levou,
então o escrevi no céu
mas o vento o assoprou,
assim o escrevi em meu coração
onde para sempre ficou.
— Autor desconhecido —
Ele
I
Ele era um homem firme e valoroso
Em tempos em que a moral era vendida,
Um realizador!
Láureas acadêmicas, tudo o mais.
Um perfeito cavalheiro, eu diria
Medalhas gloriosas seu peito ostenta
Como honra, esplêndida e satisfeita.
Um perfeito cavalheiro, eu diria
Mas do amor pensava como vergonha lancinante,
Um fase na vida quando os sentidos se estropiam.
Alertado sobre o falso estado,
Predicava a amigos e companheiros.
‘Nunca me enamorarei.’ declarava.
Rezava silentemente para do fado ser poupado,
Em vez disso montava na égua chamada sucesso,
Os holofotes da grandeza nos amam.
Odes para ele cantaram,
O pesado cinturão do orgulho ele portava.
II
Arun seu nome, me esquecera,
Sua fé e confiança eu conseguira.
Contar sua lenda é um esforço interessante.
Quem não ama uma amável lenda?
Este relato não é para ser vendido.
O melhor dos sonhos que eu já vi,
Falhariam em excedê-lo em maravilhas.
Esta é a maior das lendas de amor.
Tão útil nestes tempos tão insípidos.
Nas linhas passadas divaguei,
Medram os sentimentos suprimidos em meu coração.
Pensar naqueles tempos é por si uma benção,
Contá-los a você, eu me orgulho.
Assim voltemos a nosso herói,
Um homem tão soberto quanto Nero,
Rejeitado o amor do mulherio
E saqueado a gema dos corações.
Declarou o amor ser como um céu nublado,
Em que nunca voaria.
Ela
I
Ela é uma pomba,
A epítome do amor.
Olhos rasgados e sonhadores,
Sua cútis cremosa.
Filha única
de um perito doutor ,
Muitos jovens corações ela abateu.
Centenas de pedidos recebeu.
‘Não!’ sua resposta era a mesma.
‘Direito’ — seu campo de estudo,
Prospectiva de intrépido futuro.
Competindo com seu carro verde claro,
Lamento o fado do alcatrão.
Tão rápido que muitos viam o infermo,
Saíam murmurando ‘Deus nos acuda!’
Seu longo cabelo ondulado,
Para Romeu é um laço mortal.
Olhos de corça tinha nossa heroina,
Causando dores de coração a alguns.
Assim transpirava seus dias juvenis,
Hospedeira de tristes indecisões.
II
Sona é um nome e tanto,
Ouro vale tanto quanto.
Inocente e gentil,
Uma mente criativa,
Conscenciosa e enérgética,
Esperança era como um antiséptico.
Grandes expectativas!
Ela pensou com um suspiro,
‘Atingirei os píncaros destinados?’
‘Frutificarão os frutos de meus esforços?’
O amor não era um conceito alheio,
Nem era uma faceta imperiosa.
Tinha em sua mente
Um homem que encontraria,
Charmoso e elegante,
Com gosto por peixe frito.
Alto e elegante,
Deseja como espasmos em grito.
Chefiando uma org. chamada ‘Pluma’.
Nem imaginava que o ’festival’ mudaria sua vida para sempre.
União
1.1
‘Pluma’ realiza um concurso anual.
Um dia em que o talento é posto em teste.
Em um átrio
Repleto de respirações suspensas,
Olhos expectantes que aguardam morte.
Os colégios na cidade estão informados.
Vencedores em potencial preenchem formulários.
Chegada à sede da org. em um Domingo,
Para uns poucos é dia divertido.
Sona espera com seus auxiliares,
Os que perderem o festival cavarão suas covas.
1.2
Debate é um,
Declamação um outro;
Grupo de canto e clássicos;
Fantásticos discursos.
Curtos contos com volteios,
Adivinhas e colagens
Geram um monte de lixo.
O balcão de registro se aviva,
O relógio dá as dez; era a hora.
1.3
Arun brilha,
Ninguém abaixo dele o debilita.
Sua liderança permanece;
Espinha de aço inquebrantável.
Vence! Vence!
Tão frequentemente
Parece até que peca.
Nada com facilidade;
Parece que até escamas tem.
Outros noventa e nove sucumbem a seus motejos.
1.4
Saem os resultados!
Um velho verborrageia,
Onipresente na folha branca
Brilhos dos feitos de Arun.
Freqüenta o palco.
Oponentes rasgam uma página.
‘É uma brochura’ alguém aponta,
‘É ele’ gritam.
Medalha após medalha!
Ele aceita com toda humildade.
1.5
Então ele a vê no palco.
Cupido é um mago e tanto,
‘Ela é uma deusa’ exclama,
Ele ouve em sua cabeça, sons.
Ela pega o microfone.
Ela colhe um coração cheio de mel.
Caem mortas sua cobiça e suas amarras,
Aviva-se o som da paixão,
Ele não é mais um sábio.
1.6
Ela desce,
Ela o vê.
Os olhos fixos nela,
Seus olhos tinham grandes e amplas asas.
Olhos nos olhos, eles avançam.
Para um calor que envolve;
Os olhos dela próximos ao seu peito,
Ela ficou caidinha por ele.
Ele ficou caidinho por ela.
Basta um momento para perceber;
Foram feitos um para o outro!
1.7
‘Parabéns!’ ela murmura.
‘Obrigado.’ ele diz.
Em seus corações um minuto esvoaça;
‘Você me conhece?’
’Não.‘
‘Eu sou Sona. E você?’
‘Arun.’
‘Junte-se a nós. Precisamos de gente como você.’
‘Sim, por certo. Preciso de você.’
‘Quê?’
Ele se vai sorrindo.
1.8
‘Espera!’ ela chama,
Corre para ele e se apaixona;
Ela mira em seus olhos,
‘Planejamos uma excursão
Ao lugar chamado Kaloor.
Quer ir?
Lugar romântico
Colinas, valesààà’
Ardentemente: ‘Irei’.
Um Ônibus Cheio de Sonhos
2.1
Um Domingo rendilhado em magnificência,
Aceitando os apelos de cupido,
Ele embarca no ônibus
Em uma roupa chamativa.
Óculos pressionados perto de sua face.
Seus olhos procurando o espaço,
Mirando um salwar branco.
Seus sentidos em guerra.
Ninguém desprende esta amarra,
Tão poderoso o encantamento.
2.2
Um ônibus cheio de sonhos;
Vermelho em partes, então creme.
Bordas azuis;
Sua superfície ostentando uma calha para a chuva.
Não é uma estrada,
Mas um rio em que flutua.
Monção verte,
Desajeitado como folhas cadentes.
Um ônibus cheio de sonhos,
Todos embarcam aos gritos.
2.3
São noventa.
Alguns sentados.
Gente enamorada,
Alguns saboreiam “agora”.
Eles ficam em pé,
As palmas firmemente apertando o mesmo tirante,
Tão duro que pareceria uma espada.
Cantos e brindes percorrem
O comprimento e a largura do ônibus.
2.4
Os alto-falantes ganham vida,
Começam o incessante jazz.
Batidas que levam ao ‘êxtase’;
Alguns sentam-se apertados;
Falácia, vista curta.
Balançam aos balsâmicos cantos,
A euforia enche o corredor.
Eles continuam em pé, espíritos elevados,
Olham através das mútuas expectativas.
2.5
Então a música pára.
O ônibus ascende a colina,
Verde luxuriante em virtude.
Suarento, irrespirável o ar;
O sol casa-se com cada montanha
Em um encontro flamejante.
O frio se insinua.
Respirar rarefeito,
Eles suspeitam que suas batidas de coração não diferem.
O ônibus ascende.
2.6
Jogos são pedidos,
Os que envolvem mais de quatro;
Antakshari, Dumbsy.
Alguns ficam de fora como que atacados por paralisia.
‘Jogos!’ soa o grito de guerra.
Jogam o jogo musical.
Como o amor veio.
Por palavras suaves, tons com volteios
Cantos de amor
Eles cantam.
2.7
Ela o chama de ‘um príncipe’
Em uma música antiga seu primo desiste.
Ele a chama de flor selvagem
Em palavras exudando poder.
Diz coisas indizíveis,
Ou melhor!
Canta coisas incantadas,
Ele sugere que tem uma doença,
Ela retorque com uma diagnose:
Mais cantos!
2.8
Alcançando o exterior,
Etranhamente, sem o concurso dos braços.
A mente gotejando resina úmida;
Pontas dos dedos tremelicando;
Uma corça estremecendo em um bosque chuvoso.
Uma pomba voa através do céu,
Uma trilha branca de mentiras empoladas.
Agoura e então desaparece.
‘Não!’ ele diz.
‘Tem que ser isso.
Isso é amor.’
Neblina
3.1
Ela sobe a um opulento mirante,
Ele segue cego no seio de um íntimo orgasmo.
Colinas como amantes famélicos,
Secretando o fluido verde do desejo.
Noventa almas unidas;
À procura do mágico,
Deixando para trás coisas trágicas.
Até uma elevada torre mirante,
Para espiar sobre verdes matas,
Vadios ruidosos ronronando como gatos.
3.2
Exaustiva escalada,
Eles celebram como uma selvagem tribo.
Alguns puxam uma esteira,
Clamam que ele é privilegiado.
Por ter ouvido o chamado da natureza
No mais alto ponto em sua cidade;
Muito para descontentamento de alguns.
3.3
O grupo pára para um descanso.
Subrevivendo ao teste da altitude.
Alguns se assentam, alguns ficam em pé,
Alguns dormem sobre as rochas.
Descortinando um matagal verde
Trepadeiras abraçando uma árvore definhada,
Parecendo um ato erótico em processo.
O grupo pára para um descanso.
3.4
Arun e Sona se distanciam,
Dois delirantes extraviados.
Descansam em rochas acinzentadas,
Observadoras experientes
Ou anciãs.
Os dois amantes emprestam seu calor.
Em suas mentes insetos do amor formigam.
Zumbindo em seus ouvidos.
Outros açulam,
Para eles flutuam com prazer e facilmente.
3.5
Então aconteceu,
O céu desapareceu.
Em um jato de luz cinza;
o Maná se espalhou.
Chuva branca, perturbadoramente fria,
Suas peles cravou.
Um místico relógio
Escondeu tudo.
Tudo,
Incluse o casal amável.
3.6
Neblina!
Envolve-os,
Entre seus olhos uma parede fria.
Apartando-os do mundo.
Em uma cama
Só os dois,
Confortável calidez û ininterrompida.
A branca fantasmagoria,
Não há cegueira no amor.
Dos olhos curiosos eles desaparecem.
3.7
Vem abaixo em um lento, suave,
Movimento bailarino,
Toca seus poros.
Dissipa em gotículas,
Chuva!
Empapando-os em um suor de paixão
Parecendo uma vigorosa orgia.
Filtra-se pelas roupas
Adentra espaços recônditos.
3.8
Abrem-se portais torrenciais,
Dilúvio celeste,
Como torrente de amor
Neste paraíso,
Ininterrompido como um riacho elegante.
Cisnes fazendo amor;
Arun espera, mãos procurando
Como se tivesse esperando por eras
Neste pedestal de desejo salpicado.
Esperando por ela, há eras.
3.9
‘Andem!’ gritam outros, o vento ressoa adiante.
Mão na mão,
Sem se preocupar com um guarda-chuva
Eles marcham para o ônibus.
Um recinto cálido,
Um lugar para revelação;
A chuva ‘chuá, chuá, chuá’,
Seus lábios úmidos ‘sim’.
‘Te amo’ grita ele sem ser ouvido,
A chuva conspira contra as ondas sonoras.
Eles descem,
Ascendem em estima da verdade.
Assim o amor sempre faz.
Mastiga o presente,
Nostálgico!
Momentos passados detrás de um branco véu
Quando pensamentos alvissareiros alçaram vela,
Dentro da fortaleza enevoada;
Redemoinhando, mesclando, flutuando, encobrindo,
Como a neblina.
Cortejo
4.1
Ele mudou.
Nem um simples aspecto foi poupado.
O jovem raivoso,
Agora uma pacífica pomba;
Sem malícia, desconfiança ou mágoa.
Saltando, pulando,
Remurmurando.
Emite solfejos
Reminiscentes de um performer;
Ele mudou.
4.2
Ela chama,
O telefone retinindo lhe diz que sim.
Corre como uma mãe aflita em pânico,
Levanta o fone.
Apressadamente ’Alô!’
Não é seu objeto de afeição,
Agora um vício;
Espera e espera.
A noite avança
Então ela liga.
Conversam a noite toda como feras obsecadas
4.3
Partilham fatos discretos,
Suspiros se empilham aos montes;
Parecendo buquês de rosa.
Espinhos afastados,
Eles tocam um veio,
Um insano desforço.
Famélicos por mais;
Em amor, não mais um calouro.
Reticência se torna extinta,
Formalidade desfruta uma pequena baixa.
4.4
‘O que poderia trazer
Quando voltar? Singapura
É um paraíso para compras?’
Ele pergunta.
‘Nada.‘ ela replica.
‘Volte logo.’
Ele voa,
Literalmente voa.
Quando retorna
Ela é só sorrisos.
4.5
Juntos divagam,
Brincam juntos na espuma.
Fria, doce,
Falando sobre sorvetes.
Juntos vão a cerimônias,
Uma festa.
Recepção de casamento;
Estremecem ante a visão.
A intimidade avança sobre eles aos sonhos.
4.6
Uma noite no cinema ao ar livre.
Em breve! — O Exterminador.
Um espetáculo de dança,
Clássico, raro em fluidez.
As estrelas brilhando sobre eles,
Jorrando bençãos,
Ou melhor, luminosas olhadelas enciumadas,
Piscando para cada um.
Olham-no acariciando sua mão suavemente
Embaixo de seu casaco.
4.7
Um ano se passou,
Com poucas coisas más para anotar.
Na gôndola aprazível do amor
Mil mimos, beijinhos.
Cuidados de poda até um limite desagradável,
Ela fala de homens, especialmente Abraham.
Ele balança a cabeça em sinal de desprazer.
Escarnece quando ela lhe conta ‘Ele é especial.’
Mas coisas que acontecem.
Ele lhe concede algum espaço para respirar.
4.8
Estavam na casa, dela,
Falando do futuro.
Casa, crianças e cães;
A mãe dela entra,
Cabeceia em aprovação.
Agora envaidecida pela sensibilidade da filha.
‘Conheço um cavalheiro quando vejo um.’ enfatiza.
Olha para seus sapatos e pede
‘Fique para o almoço’.
Ele sorri para ela.
Ela fecha os olhos.
4.9
Amigos lhe dizem
‘Sua escolha é errada.’
‘Ela é moderna demais
Para amassar seu pão.
Tenha algum senso.
Não desatine às custas de sua vida.
Incompatibilidade é um fato flagrante,
Relação rumorosa, retumbante, rota.’
Ele recusa-se a ouvir,
Afasta-se desgostoso.
‘Preciso dela, ela é única,
Amanhã a levarei para casa,
Para meus pais.’
‘E se eles discordarem?’
‘Não vâo.
Espere e veja,
Não vão.’
Dor
5.1
Foi um fiasco.
A exterminação da esperança
‘Por que se vestiu assim?’
Ele levantou a voz e perguntou.
Seus pais desgostosos
Com sua roupa
E o aborrecimento.
‘Eles esperam uma garota com modos.
Decência vendeste por uns trocados.
Por que falas assim?’
5.2
Uma hora atrás ela estava animada,
Agora arrasada.
Delicados sonhos esprimidos,
Esmigalhados contra uma face pétrea.
‘Eles nunca me aceitarão.
Seus pais me detestam.
Sou uma garota franca,
Livre e moderna.’
5.3
‘Não podemos ficar juntos.’
Ela chora.
Ele toca sua face,
Manchas molhadas de mágoa,
Pensamento invisível;
Permeia seus dedos justos,
Palmas,
Então como um alma liberta.
Evapora.
5.4
‘Se não neste nascimento
No próximo.
Serás minha.
Sonhámos antigos mitos
Conosco como celestiais parceiros.
Yakshi e Gandharva
Em uma doce floresta perfumada
Com matos florescentes, branca
Debaixo de nossos pés,
Casta e divina.
Nossos pés róseos e brandos.
5.5
Ela moteja de suas lágrimas.
Admoesta-o.
Dá a partida e sai,
‘Adeus!’
Então uma trilha de fumaça,
Ela se vai.
A dor vem.
Um bote sem remos;
Escurece o céu,
Parte-o em dois.
A tempestade chega.
5.6
Arrasado até o chão
O monumento do amor.
Pó e fumaça levantam,
Formam nuvens;
A escuridão enrubesce,
Então grita alto.
Ele ainda a chama.
Um amigo fiel,
Um amante impotente!
Ajude-a, compartilhe sua dor.
5.7
‘Abraham é deus!’
Ela persiste.
Estupidamente cultua,
Suas feridas curadas;
O ungüento da estupidez.
Insulta Arun,
Sugere um harém.
Expele veneno!
E faz-se de doente.
5.8
Sangra silentemente,
Incessantemente.
Lamuriando a vida;
Uma balsa violada pelo dilúvio,
Em farrapos
Dilacera!
Um desinteresse resiste,
‘Abraham é deus!’
Ela persiste.
Rompimento
6.1
Novas neves controem castelos
Amortalhados em medo.
Bárbaros sobre cavalos em pêlo
Competem com espadas enferrujadas.
Abordam o castelo
Aos brados e gritos.
Arun aderna.
Tenta reconquistá-la,
Tudo em vão, surda compreensão.
Um rádio com baterias gastas.
6.2
‘Manu é um rapaz maravilhoso.’
Diz ao telefone.
Engenheiro de sistemas,
Já foi modelo uma vez
Para um comercial de jeans;
Montando um touro
Mula!
Quê importa.
Ele estava em um
Montando um touro.
6.3
Abraham é agora demônio.
Pecados proibidos,
Acordos escusos.
Miserável, impertinente e viciado.
Manu é tudo.
Seu amor!
Eles o fariam à grande.
Voar para Sydney.
Verdade ele tentou estrupá-la uma vez,
Em nome dos sonhos, perdoado.
6.4
Arun fica sabendo
De fontes confiáveis.
Manu —
Mulherengo, drogas,
Salário minguado,
Visto em bares soturnos,
Blusa curta ao lado.
Fumante empedernido,
Mau no pôquer.
Conta para ela,
É recebido por ouvidos moucos.
6.5
Um dia ele entrou
Com um argumento final.
‘Ouça Sona!
Ele a trairá.
Cuidado!
Correndo desembestada em um campo minado,
Você está levando uma vida temerária.
Esquecerei meus pais por você,
Por favor!
Volte para mim meu amor.’
6.6
‘Desencana!’ ela brada.
‘Nunca entre em minha casa.
Não preciso de você.
Eu tenho o meu Manu.
Meu cavaleiro!
Você é um aborrecimento.
Um pestilento pedinte;
Você quer me possuir
Como a firma, seu carro.
Para você
O verdadeiro amor é obscuro.’
6.7
‘Adeus!
Com lágrimas em seus olhos.
‘Você está doente,
Compaixão sepultada.
Cega e surda,
Caminhando para o inferno.
Catarata — visão obnubilada.
Não há cura,
É chegada a hora para um merecido adeus.
Adeus para sempre.’
‘Masà’ Ela exclama.
Ele saira.
A Roda do Tempo
7.1
Vinte anos é um forno;
Assado,
Escuro e inchado em partes,
Quebrado,
Trilhas caindo em miséria.
Ela descobre ser difícil
Manter um lar
Em sua utópica forma.
Sobre uma débil espinha — a sua;
Uma jaula de cimento com barras enferrujadas.
7.2
Jovens pés errantes,
Eclodires de risada inocente ausente.
Em seu lugar repressão,
Variadas formas de supressão;
Entrando em uma sala cheia de escarros,
Pontas de cigarros como consumidas, virgens violadas.
Copos vazios com uma gota ou duas,
Outrora cheios de demoníacos deleites.
Manu — desempregado e alcoólatra.
7.3
Cobre suas escoriações
Com óculos escuros, vagabundos.
Fica longe da tortura
Ajudada por passes.
Sydney era muito mais amável quando vieram.
A ópera, o ancoradouro,
Vida noturna magnífica;
agora terrífica.
Mãos cabeludas arranhando partes íntimas,
Carnavais carnais a um alto preço.
Antes um cavaleiro, um deus do amor!
Agora como pústulas
Todas sobre ela,
Devorada sua juventude,
Sugando seus ossos.
Ela trabalha! Ele suga!
7.4
O verão é mais veemente,
Suor pegando-se a ela
Como uma doença.
O calor
Querendo cada centímetro dela
Ou pelo menos o que sobrou,
O que o besta luxuriante defeca.
Dois sacos de mercearia,
Forragem!
Para a peste inútil.
Sobe as escadas,
Pulando — arquejando;
Ironia ataca,
Desata a rir às gargalhadas.
7.5
Com um ponta-pé abre a porta.
Imediamente deplora.
Estatelado nu sobre o chão
Acariciando seu amado marido,
Uma coisa branca, pecaminosa!
Outrora formoso
Agora uma vingativa, inchada peça de carne:
Manu.
7.6
Como o cometa de Halley
Vem a memória.
Mais freqüente contudo.
Com uma cabeça e uma brilhante cauda,
Cruza o panorama de sua mente, sarcástico.
Arun!
Um lampejo de sofrimento,
Agora sereno,
Ela dispõe como sedimentos de luz.
Decide visitar Kaloor.
Neblina!
Para reconstruir, para atuar
Sozinha!
Coloca o bilhete da Air India
sobre os papéis do divórcio.
Reunião
8.1
Ele ergue-se alto,
Gracioso,
Resplandescente com alegria!
Glorioso como o sol.
Dois filhos
Seu companheiro de vida próximo;
Repartindo alegria em sete cores,
Um arco-íris os protege — um guarda-chuva requintado.
Kaloor os saúda a cada ano
Com um abraço radiante,
Então um beijo lamacento.
Deixa gotejante mel,
Dançando ao vento
Ao som da lira do prazer.
8.2
Ele olha as colinas azuis
Com a mesma paixão;
O jovem,
O amante!
Eles replicam,
Indagam e suspiram.
8.3
Seus olhos buscam
Pela exatidão,
Repetida à exaustão.
Uma peça muito ensaiada.
Entâo seu olhar recai
Sob uma familiar figura,
Sentada em sua amada rocha.
Em branco,
Cabeça abaixada em obediência.
8.4
Ele caminha para frente,
Como se em um turbulento mar;
Alcança-a,
Espera enquanto o conhecimento emerge
De uma piscina campestre verde;
Viuvez acabada.
Ela se volta
E levanta sua face.
Imóvel, abraça o vulto.
8.5
A neblina retorna;
Uma memória reavivada.
Encanta o presente,
Arrefece o passado.
Arrebatando o tempo;
Colide em suas faces,
Mentes inquietas.
Remove por completo a visão
E as lágrimas em seus olhos.
__________
__________
O Autor
Nikesh Murali
Nascido em 22 de Fevereiro de 1983 em Trivandrum, Kerala, Nikesh Murali é um laureado escritor de contos, crítico, colunista, dramaturgo e poeta.
Seus trabalhos publicados incluem:
Collateral Damage
(2001, No Spine),
Thirteen
(2002, No Spine),
Songs of the Raven
(2002, NoSpine),
Midst of Bees
(2002, Kingfisher),
Fear
(2002, Fairgo),
Lovemaking
(2003, Kingfisher).
Seus poemas e contos têm aparecido em diversas prestigiosas publicações e websites e incluídos em antologias de sucesso como
Reflections
(2002, Sunny Side up).
É o editor de ‘Niche Anthology Series’, publicada em associação com D.G. Publishers.
Suas colunas e artigos têm aparecido nas revistas de maior circulação na Ásia e Europa tais como Indian Express, Hindu, Romanceatitsbest.com, Castlebar News etc.
Fez a crítica para autores de sucesso e ganhadores do prêmio EPPIE T.K.Sheils, W.J.Calabrese, Warren Adler etc, trabalhando como crítico da equipe do
E-book Reviews Weekly
.
É ainda o Editor-Chefe de ‘
The Pointer
’, online editor para ‘
The Tabloid Online Edition
’ e o editor da revista literária
‘The Litterateur’
.
Seu conto ‘
Red?
’ foi recentemente selecionado como finalista no ‘Annual Sunny side up Short story contest’ e 3 de seus poemas receberam os maiores prêmios internacionais, inclusive o ‘Presidents Award for Literary excellence’.
Livros:
Collateral Damage
(2001, No Spine),
Thirteen
(2002, No Spine),
Songs of the Raven
(2002, NoSpine),
Midst of Bees
(2002, Kingfisher),
Fear
(2002, Fairgo),
Lovemaking
(2003, Kingfisher),
Autumn Love
(2003, ROWE),
Mist
(2003, Kingfisher);
Editado por Nikesh:
Clouds in the Sky
(2003, D.G. Publishers);
Obras traduzidas:
Niebla
(2003, Publishing Online), traduzido por Maria Cristina Azcona;
Amor Outono
(2003, eBooksBrasil) e
Neblina
(2003, eBooksBrasil), traduzidos por Teotonio Simões.
Publicações online editadas por Nikesh Murali:
The Tabloid Online Current Affairs Magazine
www.thetabloid.netfirms.com;
# Niche Anthology Series
:
www.nichepub.netfirms.com;
The Litterateur Print Literary Journal
www.thelit.netfirms.com
Os livros de Nikesh Murali estão disponíveis, nos mais populares formatos, editados por
Kingfisher Books
www.kingfisherbooks.com
Publishing Online
www.publishingonline.com
Rowe Publishing
www.rowepublishing.com
© 2003 — Nikesh Murali
Versão para eBook
eBooksBrasil.com
__________________
Maio 2003
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