Edgar Rodrigues - Um pesquisador do movimento operário
Jorge E. Silva (org)
fonte digital
Arquivo de História Social Edgar Rodrigues
[www.ceca.org.br/edgar/anarkp.html]
versão para eBook
eBooksBrasil
©2000,2006 Jorge E. Silva (org)
Biografia
Entrevista
Bibliografia
Pesquisador de história social, escritor e historiador autodidata,
nascido no norte de Portugal em 1921, naturalizado brasileiro.
Filho de um militante anarco-sindicalista português do Sindicato da
Construção Civil filiado à CGT, participou da luta contra
a ditadura salazarista, tendo-se exilado no Brasil em 1951. No Rio de Janeiro
relacionou-se com os velhos militantes anarquistas, entre os quais José
Oiticica e Edgard Leuenroth, participando das atividades do movimento e
colaborando regularmente na imprensa libertária. Seus primeiros
livros: Na Inquisição de Salazar (Rio de Janeiro, 1957)
e A Fome em Portugal (Rio de Janeiro, 1958) foram de denúncia
da ditadura portuguesa, o que lhe valeu integerar a lista dos autores proibidos
em Portugal, país onde só pode voltar após a derrubada
do sistema autoritário em 1974.
Em 1969, foi um dos presos e indiciados durante a repressão desencadeada
pela ditadura militar contra os anarquistas do Centro de Estudos José
Oiticica do Rio de Janeiro.
A pedido de publicações libertárias do Uruguai,
começou a pesquisar a história do movimento operário
e das lutas sociais no Brasil, escrevendo dezenas de artigos e livros sobre
o assunto. Seus livros Socialismo e Sindicalismo no Brasil (Rio de
Janeiro: Laemmert, 1969); Nacionalismo e Cultura Social (Rio de Janeiro:
Laemmert,1972); Novos Rumos (Rio de Janeiro: Mundo Livre, 1972) e
Alvorada Operária (Rio de Janeiro: Mundo Livre, 1979) são
uma das principais fontes documentais para a história do movimento
operário e anarquista brasileiro. É também o autor de
quatro volumes sobre a história do movimento operário e do
anarquismo em Portugal. Seus trabalhos são um manancial de
informação para os pesquisadores da história social
do Brasil e de Portugal, podendo-se afirmar que foi um precursor do estudo
do movimento operário no Brasil, como foi reconhecido por historiadores
como Hélio Silva, Azis Simão e Foot Hardman. No entanto,
tratando-se de um pesquisador não acadêmico, é
freqüente sua obra ser utilizada por investigadores universitários
que sequer o referênciam como fonte, numa demonstração
cabal de honestidade acadêmica .
Nas suas atividades de pesquisa percorreu o Brasil recolhendo depoimentos
de militantes e seus descendentes, coletando documentos de importantes militantes
operários e ativistas anarquistas, constituindo um acervo único
da história social brasileira entre 1890-1940.
Uma de suas últimas obras é Os Companheiros, em
cinco volumes, que reúne biografias de militantes anarquistas e
anarco-sindicalistas que desenvolveram sua atividade no Brasil é o
único dicionário biográfico do movimento operário
brasileiro escrito até hoje.
Em 1999 publicou pela Editora Insular [http://www.insular.com.br], de Florianópolis, o livro Universo Ácrata, em dois volumes, uma história do movimento libertário internacional.
Jorge E. Silva*
Quando chegou ao Brasil em 1951, trazia na bagagem o original de seus primeiros
livros: Na Inquisição de Salazar e Fome em
Portugal. No entanto, deixava o seu país menos pela fome do que
pelo oposição à ditadura de Salazar. Filho de um militante
anarco-sindicalista, Edgar Rodrigues teve de visitar várias vezes
seu pai na prisão e tinha a certeza que se continuasse no país
também ele acabaria preso.
No Rio de Janeiro, além de recomeçar a sua vida, tratou de
publicar os livros contra a ditadura portuguesa, que logo entraram no índex
do regime autoritário, embora Edgar Rodrigues não tenha deixado
de os fazer entrar clandestinamente no seu país de origem. Por tudo
isso só voltou a visitar Portugal vinte anos mais tarde, após
a derrubada do fascismo em 1974.
Amigo de José Oiticica, Edgard Leuenroth e de muitos outros velhos
militantes e jornalistas anarquistas, logo começou a colaborar na
imprensa libertária. A pedido de jornais do Uruguai, iniciou uma pesquisa
sobre a história do movimento operário e sindical no Brasil.
Aos poucos, correndo o Brasil, levantando informações com velhos
militantes, recolhendo documentos raros, criou um importante acervo de
história social, que lhe permitiu escreveu alguns livros fundamentais:
Socialismo e Sindicalismo no Brasil (1969), Nacionalismo e Cultura Social
(1972) e Novos Rumos (1972), Alvorada Operária (1979) e Anarquistas:
Trabalhadores Italianos no Brasil (1989).
Quando poucos pesquisadores se interessavam pela história do movimento
operário e, menos ainda, pela período em que nasceu o sindicalismo,
Edgar Rodrigues documentou-a em suas obras exaustivamente. Fornecendo um
manancial de informações sobre as origens do sindicalismo e
das idéias socialistas no Brasil, que hoje são preciosas para
pesquisadores e historiadores.
Esse trabalho silencioso nunca mereceu o reconhecimento aberto dos setores
acadêmicos embora várias teses acadêmicas já
tenham sido escritas com base no material e informações fornecidas
por ele já que foi realizado por um autor autodidata e
independente, que não se submete aos cânones e regras dos manuais
universitários. Como escreveu Antônio Arnoni Prado "Os intelectuais
com honrosas exceções, mantêm uma atitude ambígua
face à obra de Edgar Rodrigues. Torcem o nariz, por um lado, reclamando
maior rigor teórico; invejam, por outro lado, a riqueza documental
de seus livros, quase insuperável, o que o torna passagem
obrigatória, para quem se aventura no tema."
Para quem, como Edgar Rodrigues, sempre viveu de seu trabalho e pesquisou
e escreveu nas horas vagas seus 1. 500 artigos e 36 livros, o reconhecimento
de pesquisadores como Hélio Silva, Foot Hardman e Arnoni Prado é
suficiente.
Aos 76 anos, Edgar continua um espectador atento da sua realidade social
e mantém a disposição de continuar pesquisando e publicando.
Na fila, está a continuidade da obra Companheiros, com biografias
de militantes sindicais e libertários, uma coletânea Livre
Pensamento e uma longa lista de trabalhos.
A Pequena História da Imprensa Social, que a editora Insular
de Florianópolis acaba de publicar é outra dessas suas obras
que esteve parada durante anos na estante, esperando um tratamento mais
definitivo. Considerando que não tem mais tempo, nem condições
para esperar, Edgar Rodrigues, faz da forma que sempre fez: publica, esperando
que seus subsídios e documentos ajudem e inspirem novos pesquisadores,
mais jovens, mas não menos independentes e combativos do que ele.
Discreto, esta é a sua segunda entrevista, a primeira foi feita em 1984 pela Folha de São Paulo, por Arnoni Prado e Foot Hardman.
_______________
1 Embora desconhecida do grande público a sua obra de pesquisa social e sobre a história do movimento operário é uma fonte inestimável para qualquer historiador. Como começou essa sua atividade de pesquisador autodidata ?
Ainda adolescente ouvi falar em anarco-sindicalismo e anarquismo em casa
de meus pais, em Portugal. No começo da ditadura escutava as
reuniões clandestinas que se realizavam em nossa casa, começando,
então, a entender as idéias que meu pai e seus companheiros
debatiam. Logo me iniciei na leitura de manifestos, jornais e documentos
históricos. Pouco depois juntei uns tostões e comprei meus
primeiros livros: A Velhice do Padre Eterno do poeta Guerra Junqueiro
e Conquista do Pão de Pedro Kropotkin. Quando não conseguia
comprar esses livros, copiava-os à mão, coisa que hoje deve
ser motivo de espanto para aqueles que embora tenham dinheiro, não
sabem o que é ler um livro.
O editor do meu livro Na Inquisição de Salazar disse
na apresentação que eu era um pesquisador instintivo, acho
que tinha razão. E ele não sabia, ainda, da mala cheia de papéis
que trouxe no porão do navio de Portugal.
No Rio de Janeiro continuei com a mesma vontade da juventude e logo que pude escrevi a velhos militantes sindicalistas e libertários de fora e dentro do Brasil pedindo documentos e publicações antigas. Mais tarde percorri vários estados, para entrevistar esses sindicalistas que me davam informações e me ofereciam seus velhos arquivos. Em alguns casos convenci parentes de velhos militantes a me venderem acervos que se estavam perdendo. Esta busca dura até hoje e já lá vão 65 anos...
2 Alguns autores acadêmicos o costumam criticar argumentando com a falta de método e de rigor científico; como você avalia essas críticas ?
Para mim escrever livros foi uma conseqüência da pesquisa e coleta
de informações. A minha formação é autodidata,
os métodos de pesquisa, se assim os posso chamar, são os que
fui experimentando e melhorando ao longo desse meu trabalho. Minha principal
preocupação tem sido não deixar perder documentos que
ia descobrindo e divulgar uma história que vinha sendo ocultada e
deturpada do movimento social no Brasil. Nunca tive a pretensão de
entrar na academia ou me tornar famoso.
Eu não chego a partilhar totalmente da opinião do Barão
de Itararé que escreveu: "Os diplomas não encurtam as orelhas
de ninguém", mas que muita gente até pode voar com elas isso
não tenho dúvida.
Não existem pesquisas irretocáveis, mas se fosse perfeccionista e escutasse todas as críticas não escreveria 46 livros, nem publicaria 36, ficaria em um ou dois e olhe lá... Assim consegui tornar públicos centenas ou milhares de documentos sobre o sindicalismo e movimento operário no Brasil que aí estão para quem quiser polir e dar a cera que eu não pude.
3 Como vê o papel dos intelectuais e da
universidade numa sociedade como a Brasileira ?
A universidade deveria dar uma formação integral e humanista
aos estudantes e trabalhar para encontrar soluções ajudando
a resolver os problemas da sociedade que a sustenta. O que acontece é
o contrário: as academias pouco fazem para dar essa formação
ou socializar o saber, perdidas num conhecimento cada vez mais especializado,
hermético, que pode até ser profundo, mas com aquela profundidade
das brocas que não pegam a luz do sol. Falta-lhes a vida e o contato
com a realidade. Esta especialização vertical é incapaz
de entender e se sensibilizar com a realidade, com os homens de carne e osso.
Seus livros e suas idéias podem estar "bem vestidas", usar os melhores
"alfaiates gráficos", mas raramente se distinguem pela qualidade do
conteúdo ou por seu sentido crítico. São mais frias
que uma natureza morta...
Talvez por isso não seja de admirar que as nossas elites políticas e econômicas tenham saído dessas universidades!
4 Os movimentos sociais contemporâneos estão longe daqueles que você estuda e com os quais se identifica. Qual a sua avaliação sobre esse movimentos contemporâneos, em particular o sindicalismo ?
Os assalariados de hoje vivem ainda sujeitos à exploração
ou à exclusão social como os operários e trabalhadores
do passado. Também os movimentos sociais e o sindicalismo enfrentam
muitos dos problemas do passado, por isso acredito que muitos dos métodos
e da teoria do sindicalismo autônomo do passado continuam sendo
válidas. Esse sindicalismo, em que acredito, poderia ser a base da
produção, da distribuição e da própria
autogestão social. O suporte de uma nova sociedade.
Agora o sindicalismo que aí está perdeu-se no corporativismo,
politicagem e corrupção pelega, mesmo o que se apresenta pintado
de esquerda. Por outro lado, as modificações sofridas pelo
capitalismo, o papel que os meios de comunicação e da própria
educação na sustentação do sistema, com a
colaboração de toda uma casta de intelectuais, criou
condições para este tipo de sindicalismo. O movimento social
perdeu sua autonomia que levava no passado a sustentar seus próprios
jornais, manter uma cultura alternativa, com escolas, bibliotecas, teatro
e centros de cultura social, alimentando um projeto revolucionário
de mudança social. Hoje aceita a enganação política,
perde-se no consumismo e a sua "cultura" é a das novelas da
televisão!
No entanto, me parece que esse ciclo está chegando ao fim, as contradições existentes na sociedade, cada vez mais evidentes, vão exigir, mais dia menos dia, que se volte a pensar uma solução global para a nossa sociedade e nesse momento muito do que foi pensado e proposto pelo sindicalismo revolucionário e pelos libertários vai voltar a se colocar.
5 A derrocada do sistema que vigorava no Leste europeu tem servido a muitos intelectuais para decretar a morte da utopia e das idéias socialistas. Qual a sua opinião?
A revolução popular russa de fevereiro de 1917 foi a
esperança de milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo
na América Latina, só que, logo depois, o golpe dos comunistas
em outubro e a aplicação do projeto estatizante e autoritário
criou o sistema tudo para o estado (e suas burocracias) nada para o povo.
O resultado está aí à vista passados 80 anos. Uma
história de: repressão monstruosa, corrupção,
crimes, exploração, falta de liberdade, liquidando toda uma
esperança e expetativa criada para os pobres e explorados de todo
o mundo e gerando sociedades que hoje entraram em colapso. A obsessão
do poder cegou de tal forma essas burocracias que nem os deixou ver que a
pirâmide, em que estavam sentadas, estava ruindo. Afinal o gigante
tinha pés de barro...
Mas isto não foi o fim da utopia. Esta só morrerá com
o homem. Uma sociedade realmente socialista e libertária teria de
se apoiar em três pontos principais: No homem como ser livre e capaz
de se melhorar e aperfeiçoar; numa educação racionalista
e humanista que contribuísse para capacitar técnica e socialmente
os membros da sociedade e criar uma ética e uma cultura que
reforçasse os laços comunitários e de solidariedade;
na liberdade plena, com igualdade efetiva de direitos e deveres. Só
assim uma sociedade autogestionária poderia desenvolver suas raízes.
Utopia? O tempo dirá se o ser humano não pode revelar todo o seu potencial societário positivo que segundo Kropotkin é a base da cooperação e entre-ajuda na sociedade. Otimisticamente os libertários acham que sim.
6 Os libertários partilham de uma visão que aponta a auto-organização social e econômica, a descentralização e o federalismo como solução para a presença opressiva e autoritária do Estado. Qual a viabilidade de uma proposta dessas no mundo contemporâneo e no Brasil em particular ?
Já não tenho idade para ser ingênuo e pensar que vai
acontecer a curto prazo mudanças profundas nas sociedades que
conheço. Os obstáculos a vencer são tais que certamente
exigem, entre outras coisas, tempo, agravamento da crise e dos problemas
e o renascimento de novos movimentos sociais mais capazes, mais preparados,
mais cooperativos e mais fortes para enfrentar esse desafio de criar uma
sociedade realmente humana.
Só que para lá do poder e da alienação com que
temos de nos confrontar, cada um de nós carrega em si atavismos milenares
e deformações culturais e psicológicas, que tornam uma
mudança social profunda (que é também necessariamente
uma mudança pessoal) um parto difícil.
O anarquismo, como qualquer outra filosofia social não se baseia em
milagres (mesmo que muitos acreditem neles). Não se propõe
curar todas as enfermidades com um remédio desconhecido, menos ainda
somos mágicos. Pelo contrário, o anarquista é um atleta,
um corredor de fundo, precisa de ter fôlego para agüentar os desafios
que enfrenta. Quem não for capaz disso, de resistir, de agüentar,
não é certamente um libertário. Terá de pensar
em ser comerciante ou conseguir um cargo político e se acomodar. Outra
solução é criar uma igreja e conseguir muitos crentes,
prometendo uma vida melhor na eternidade, dessa forma consolam-se os tolos
e fica rico o padre ou pastor!
A proposta de uma sociedade libertária, baseada na descentralização, federalismo e autogestão social penso ser a mais moderna e atual entre todas que começaram a ser formuladas nos séculos XVIIIXIX. Dessa forma ela corresponde ao que o mundo e, no nosso caso o Brasil, precisa para resolver grande parte dos problemas sociais, econômicos e ecológicos que se colocam hoje, criando uma sociedade capaz de se autogerir e auto-controlar. O que é um passo decisivo em direção à realização e felicidade humana nesta nossa existência transitória, a grande questão que se coloca aos seres humanos desde os seus primórdios.
(*) Assessor do Centro de Estudos Cultura e Cidadania de Florianópolis (CECCA)
Na Inquisição de Salazar. Rio de Janeiro: 1957.
A Fome em Portugal. Rio de Janeiro: 1958.
Portugal Hoy. Caracas: 1963.
Socialismo e Sindicalismo no Brasil. Rio de Janeiro: Laemmert, 1969.
Nacionalismo e Cultura Social. Rio de Janeiro: Laemmert,1972.
Novos Rumos, Rio de Janeiro: Mundo Livre, 1972.
ABC do Anarquismo. Lisboa: Assírio e Alvim, 1976.
Breve História das Lutas Sociais em Portugal. Lisboa: Assírio
e Alvim, 1977.
Deus Vermelho. Porto: S/E, 1978.
Alvorada Operária. Rio de Janeiro: Mundo Livre, 1979.
Socialismo: Uma Visão Alfabética. Rio de Janeiro: Porta
Aberta, 1980.
O Despertar Operário em Portugal. Lisboa: Sementeira, Lisboa,
1980.
Os Anarquistas e os Sindicatos. Lisboa: Sementeira, 1981.
A Resistência Anarco-Sindicalista em Portugal. Lisboa: Sementeira,
1981.
A Oposição Libertária à Ditadura. Lisboa:
Sementeira, 1982.
Lavoratori italiani in Brasil. Itália: Galzerano Editore, 1985.
ABC do Sindicalismo Revolucionário. Rio de Janeiro: Achiamé
Editora, 1987.
Os Libertários. Petrópolis: Vozes, 1988.
Os Anarquistas, Trabalhadores Italianos no Brasil. São Paulo:
Global Editora, 1989.
O Anarquismo no Teatro, na Escola e na Poesia. Rio de Janeiro: Achiamé
Editora, 1992.
Quem Tem Medo do Anarquismo? Rio de Janeiro: Achiamé Editora,
1992.
Entre Ditaduras. Rio de Janeiro: Achiamé Editora, 1993.
O Ressurgir do Anarquismo. Rio de Janeiro: Achiamé Editora,
1993.
A Nova Aurora Libertária. Rio de Janeiro: Achiamé Editora,
1993.
Os Libertários. Rio de Janeiro: VJR Editores, 1993.
O Homem em Busca da Terra Livre. Rio de Janeiro: VJR Editores, 1993.
O Anarquismo no Banco dos Réus. Rio de Janeiro: VJR Editores,
1993.
Os Companheiros 1. Rio de Janeiro: VJR Editores, 1994.
Os Companheiros 2. Rio de Janeiro: VJR Editores, 1995.
Diga Não à Violência. Rio de Janeiro: VJR Editores,
1995.
Pequena História da Imprensa Social no Brasil, Florianópolis,
Editora Insular, 1997.
Os Companheiros 3. Florianópolis: Insular, 1997.
Os Companheiros 4. Florianópolis: Insular, 1997.
Os Companheiros 5. Florianópolis: Insular, 1997.
Notas e Comentários Histórico-Sociais. Rio de Janeiro:
CC&P Editores, 1998.
O Universo Ácrata (Vol. I e II). Florianópolis: Insular,
1999.
Pequeno Dicionário das Idéias Libertárias. Rio
de Janeiro: CC&P Editores, 1999.
Edgar Rodrigues é ainda autor de milhares de artigos publicados em jornais e revistas de vários países. Muitos desses trabalhos, bem como seus livros, podem ser encontrados no:
Arquivo Edgard Leuenroth da Unicamp:
http://www.unicamp.br/suarq/ael/ael.html
As edições mais recentes das obras de Edgar Rodrigues podem ser pedidas à Livraria e Editora Insular: insular@fastlane.com.br
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