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AS 22 DICAS DE OURO PARA ADIVINHOS

Ana Vitória Vieira Monteiro

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As 22 Dicas de Ouro para Adivinhos
Ana Vitória Vieira Monteiro

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Fonte Digital
Documento da Autora

© 2001 Ana Vitória Vieira Monteiro
maraka@zaz.com.br


 

As 22 Dicas de Ouro
para
Adivinhos

de
ANA VITÓRIA VIEIRA MONTEIRO


 

Índice

Dedicatória
Introdução
47 anos depois
O tema desperta interesse
Primeiro oráculo
Boca mal-dita
A Consulta
Amado amigo
22 dicas de ouro
Breve histórico de Ana Vitória


 

DEDICO

este manual a todos aqueles que estudaram e aprimoraram a milenar arte de “ver” e perguntar e ter respostas de um ORÁCULO...

Como a aqueles que “viram” não perguntaram “porque” ...

Como para aqueles que têm o DOM ...

E para aqueles com quem aprendi,
a minha mãe, a minha avó, e a minha bisavó...

E a aqueles a quem ensinei
...a minha filha...e os meus amigos especiais...

Ana Vitória


 

INTRODUÇÃO
da
AUTORA

 

Em 1997 escrevi o primeiro texto deste capítulo, na última semana do ano 2000 foi quando revendo-o resolvi meditar sobre a controvertida questão do Oráculo, que na minha vida esteve sempre muito presente; sendo assim conto um pouco desta história, que os amantes ou não de todos os tipos de adivinhação irão achar nela importantes pontos de reflexão, naturalmente todos tirarão proveito delas.

Devo dizer que não baseei minha vida num oráculo, mas “ouvi” e muito, mesmo porque pertenço a uma família do lado materno de mulheres que possuem naturalmente este dom há pelo menos cinco gerações.

Para compreender os ORÁCULOS percorri um longo caminho, tive acertos e erros, até entender como e porque o ser humano deseja tanto saber por antecipação o que a vida reserva, como posso mudar o que pode ser mudado e aceitar o inevitável.

Não posso deixar de mencionar que a adivinha foi uma sacerdotisa que sempre esteve à frente da humanidade ao ser portadora de um dom que foi muito lentamente sendo socializado, como telepatia, clarividência, clariaudiência, parapsicologia, domínio do mental e emocional, além de nos primórdios dos tempos ao ser praticamente a única a saber ler, contar e a escrever seria uma inverdade.

Desempenhando funções de conselheira de estado, professora, consultora financeira até os dias de hoje, diante de tão importantes funções não é de se espantar que seja combatida.

No entanto ninguém nasce sabendo nada, mesmo nascendo com o DOM, e nos últimos tempos com o avanço nos meios de comunicação alguns pontos na educação do adivinho têm sido lamentavelmente negligenciados, e este folheto quase apostila vem para sanar este fato.

Espero que as DICAS sejam facilitadoras daqueles novos adivinhos que virão depois de mim. São coisas simples, detalhes, que somente terão valor para os praticantes desta amorosa arte, que requer humildade, despojamento e sabedoria.

 

As cartas tanto de Tarô como, as mitológicas, as ciganas, maha lilá, geomancia, e todas mais que tenham inventado, com as quais entrei em contato muito me ajudaram no meu autoconhecimento, como me orientaram quanto a tomadas de decisões mais ponderadas em momentos em que me encontrava fragilizada pelos eventos da vida.

Do mesmo modo que pude oferecer aos amigos que confiaram em mim, ao me darem o privilégio de virem se consultar comigo, oportunas e privilegiadas informações. O hábito de “ver” os Oráculos me proporcionou treino especial para afinar a intuição e a aprender a confiar mais neste especial dom, como a falar com cuidado de coisas delicadas com as pessoas, e a conhecê-las melhor.

Apesar de vir de uma família de adivinhas devo dizer que elas jamais estimularam este DOM em mim por acharem que iria interferir nos meus estudos, e elas desejavam me dar uma vida normal de qualquer menina.

Mas cedo me interessei e comecei a buscar este caminho por minhas próprias pernas até que, não sendo possível esconder mais, elas descobriram que eu já tinha minhas cartas de tarô. Dali para frente indiretamente e sutilmente sem pressa tanto minha avó como minha mãe começaram a orientar-me, rendendo-se à minha inevitável vocação. Recordo a expressão de minha avó Miretta, que num misto de lamento e orgulho dizia: “Não tem jeito Philomena, está no sangue de Ana, nós tentamos, não temos culpa”.

Culpa?

Culpa de que?

Não sabia o que hoje sei sobre as advinhas e o difícil caminho que nós temos que enfrentar cercadas por preconceitos, e do isolamento que a sociedade nos impõe, mas eu como elas tive sorte, e os temores que elas tinham “que ser advinha e escritora não seria a melhor das atividades para uma pessoa e que iria morrer de fome com tal ideal na cabeça” não se concretizaram.

 

Minha mãe nunca quis admitir que sabia consultar o oráculo; tinha sido criada em um colégio de freiras na cidade de Jaú no estado de São Paulo, até que eu comecei a jogar para ela. Já vovó escondia de todos o seu “passado”, soube que quando meu avô Albino Cauhioli desapareceu ou seja foi “raptado pelos extras terrestres, ou passou por algum portal, não se sabe direito” ela teve que voltar a estudar e para manter seus estudos, assim bordava para fora, e como esta atividade também não dava, às escondidas com o auxílio de seu irmão mais novo o tio Oraci Lacerda tiveram uma idéia maravilhosa: Ele ia até “a zona do meretrício, fazia a propaganda dela como a melhor taróloga do mundo e uma vez por mês ela ia até a barbearia dele e nos lá nos fundo numa mesinha longe dos olhares indiscretos jogava para todas as moças” eram clientes certas, e isto ajudou a pagar suas despesas e a criar minha mãe até a sua formatura de professora e até conseguir uma cadeira pública em outra cidade, quando parou por não ficar bem e naquele tempo era motivo até de exoneração do cargo público. Minha bisavó jogava também às escondidas no fundo de sua farmácia — foi uma das primeiras farmacêuticas formadas em São Paulo — para amigas privilegiadas, tanto foi discreta que vovó só ficou sabendo depois que ela morreu.

Todos estes segredos eram devido à criação de fundo católica apesar de nenhuma delas ter praticado esta religião, pois eram espíritas, o que também na época não pegava bem, mas para viver sem serem incomodadas elas faziam tudo o que a sociedade esperava que fizessem, menos se casarem na igreja de noiva isso nenhuma de nós fez mesmo.

Vivi e convivi com adivinhos e me tornei um deles, mas um ORÁCULO não me saiu nunca da cabeça... o primeiro.


 

47 ANOS DEPOIS

Gratidão é uma qualidade especial,
dar seu testemunho é obrigação,
reconhecer o talento alheio é uma virtude.

 

Acredito que aos 57 anos estou mais do que na metade de minha vida, portanto posso analisar com cabeça fria a veracidade dos fatos, sinto-me jovem para fazer memórias, mas alguns fatos dos meus 17 anos podem ser analisados com tranqüilidade; neste momento desejo comentar, analisar e concluir um episódio muito interessante sobre a adivinhação do qual fiz parte.

Eis os fatos...

A cartomante, porque era uma cartomante do bairro da Penha como muitas que existe nas zonas periféricas da capital paulista, ela jogava com cartas de baralho comum, não lembro seu nome, sei apenas que era mãe de uma amiga de colégio, morava perto da minha casa na Rua Caquito e eu na Major Rudge, rua que ladeava o cemitério da Penha.

Pois bem, esta senhora deu-me importantes dicas, que mais tarde fui confirmar através do horóscopo e da numerologia, fato que muito me intrigou, pois tanto um como o outro tem no que se basear, mas as cartas não possuem nada a não ser o capricho do momento do consultante. Esta mulher me intrigou, com seu dom maravilhoso, no entanto morreu pobre, nunca usou em seu próprio proveito financeiro, não cobrava — as pessoas davam o que queriam e podiam. Conheci muitas outras assim mas que tinham clientela mais generosa e viviam muito bem em bons apartamentos circulando entre políticos em Brasília.

Tive um namorado, quase foi marido, que jogava cartas de baralho e era impressionante sua média de acertos, conheci um outro que recebia uma “entidade” que acertava tudo simplesmente além de curar os doentes. Como existiam pessoas que tinham momentos de acertos, e outras que usavam seu conhecimento da vida e deduziam as coisas, outras que manipulavam seus clientes amigos, e algumas mais perigosas que faziam ao contrário, jogar cartas para os outros era uma forma de saber da vida alheia. Como também já vi pessoas usar a Bíblia e ir aos cultos cristãos buscar a “palavra” como ORÁCULO. Se fosse enumerar tudo faria uma enciclopédia deste tema tão presente na vida de todos.

Hoje no ano 2000 para o 2001 as vendas dos livros de Nostradamus estoura, todos vão olhar o apocalipse do Novo Testamento, os padres, pastores contam sobre a visão antecipada do profeta. Os mais céticos inventaram a estatística como forma “científica” de fazer previsão do futuro de possibilidades, isto demonstra que o povo sempre quer saber antes as coisas, acompanham as “estatísticas” e os donos delas ganham muito dinheiro com isso, contratos são feitos em base destas pré-visões.

A curiosidade se centrou em como isso funciona, e para saber aprendi seus métodos e espantei a mim mesma quando me peguei acertando e com fila de pessoas na minha porta, esperando para a consulta embora não fosse ser taróloga a minha profissão, pois tinha uma clinica o CEVIP, Centro de Estudo Vitalista Paracelso e um consultório de acupuntura e disso vivia.

Consultei todos os tarólogos, quiromantes e cartomantes que conheci — este mundo me atrai e encanta até hoje. Cheguei à conclusão que quem advinha tem este dom e o faz de qualquer forma, com ou sem cartas, ou pêndulos ou folhas, não são elas que indicam, mas são elas que projetam para o futuro como facilitadoras a mente do adivinho, daí usar um ou outro elemento que estimule sua admirável intuição ou mais que isso a percepção.

A verdade é que as cartas, ou qualquer tipo de oráculo, exercem um grande fascínio em todos, ontem como hoje a busca da informação correta ainda é uma prioridade máxima na nossa vida e é isso que o oráculo faz de importante: oferecer informação. Pois o nosso cérebro tem capacidade de estabelecer conexões infinitas a partir dos signos sinais, tal qual a internet hoje em dia, que abre os mais variados portais de informação para quem sabe seus endereços corretamente e possui senhas para entrar especialmente o do para-normal, médium, ou seja lá o nome que dermos a estas pessoas possuidoras de alto QI que o usaram em favor de seus semelhantes, muitas vezes sem terem a menor noção de onde vinha sua capacidade diferenciada dos demais, sendo vítimas fáceis dos gananciosos e inescrupulosos que as usaram em proveito escusos ou mesquinhos.

Conheci algumas pessoas que não sabiam o que fazer com esta capacidade, outras que tentavam entender pelo lado missionário religioso, e outras que se envergonhavam de ter dons que os demais não tinham, muitas se autodepreciaram passando a viver de forma que despertasse a menor curiosidade possível. Existe outra questão no momento, a máxima “Dar de Graça o que de Graça recebeu”.

Concordo plenamente com esta máxima, não devia ser cobrado quase nada neste mundo, como a água, a terra, e o ar, como nosso corpo, tudo foi de graça, entendo que esta frase significa que o adivinho não tem gasto financeiro com a sua formação, portanto não deve cobrar. Mas isso é um engano, não há academias, escolas formais, mas existem outras coisas que requerem imenso gasto de dinheiro que a pessoa em questão não computa como parte de sua formação. Ela como todos estudaram aprenderam a ler e a escrever, comparam livros, visitaram bibliotecas, pesquisaram de diversas formas, viajaram para conhecer outros seus iguais, fizeram estágios na forma de hóspedes na casa destas pessoas, visitaram lugares energéticos, ouviram palestras, colecionaram cristais, acenderam velas em todos os altares, enfim se autoformaram.

Eles tiveram muitos gastos, o dom sim veio de GRAÇA mas o seu aprimoramento não, como os bailarinos, os pintores os artistas em geral.


 

O TEMA DESPERTA INTERESSE

 

Hoje em dia é só abrir as páginas da internet e verificar o grande número de sites à disposição das pessoas, como os portais de esoterismo; as salas de bate papos lotam quando há qualquer o assunto relacionado com este tema. Eu mesma já participei de vários bate papos como convidada e pude verificar o interesse das pessoas em saber mais, aprofundar o conhecimento.

Através do meu sitio A Arte do Êxtase recebo muitos e-mail vindos das mais variadas partes do mundo, com mil perguntas diferentes e interessantes, evito aconselhar mas sugiro livros, cursos confiáveis.

Mas o tarólogo ou seja o adivinho, o sensitivo, tem quase nada a seu dispor que contribua com a sua formação, não creio que precise de grandes tratados, mas sei que busca a informação básica, que pelo menos confirme o que ele antecipadamente intuir.

Mais umas palavras:

Escrevo dando algumas informações sobre mim e contando algumas histórias, porque achei que ficava chato publicar na internet um folheto de duas páginas somente. Relato esta justificativa, para que você saiba que não pretendo ocupar seu tempo com coisas pessoais, embora de interesse do assunto que estamos tratando. Se quiser pule todos os capítulos e vá direto às 22 DICAS. Vai encontrar o que sei que espera ver; se isso acontecer estarei feliz: atingi meu objetivo, que é o de informar, manter o conhecimento na roda da vida.


 

PRIMEIRO ORÁCULO

Senti na ocasião da primeira consulta de tarô o
mesmo que alguém deve sentir nos dias de hoje
ao ir fazer uma verificação de seus genomas ou do
DNA, isto é, queria saber mais sobre mim mesma,
minhas possibilidades, e meus limites.

 

Assim que soube que a velha cartomante iria fechar o seu Oráculo [Local onde são dadas respostas], apresei-me em fazer-lhe uma visita, visto que seu marido estava com os dias contados sobre a Terra. Eram as últimas consultas a cada cliente, orientações para toda vida, menina moça não atentei para a profundidade destes fatos.

Ao chegar, avistei-a na entrada de sua casa. Observei seu porte alto e esguio, rosto suave, vestida com discreta elegância, olhava-me com ternura. Cumprimentamo-nos e fomos à sala de consultas.

Ela me indicou a cadeira ao lado da mesa redonda cuidadosamente coberta com linda toalha branca rendada, um pequeno vaso com flores silvestres, pe­dras coloridas na borda, um cristal de várias pontas e um incenso de Alfazema.

Com as mãos alvas e bem cuidadas segurava as conhecidas cartas. Estendeu-as a mim. Embaralhei e passei três vezes pela fumaça do incenso e com a mão direita dividi o monte em três partes iguais: passado, presente e futuro.

Iniciou ao consulta. Calma e pausadamente explicou o processo:

—O Oráculo fala sempre do futuro para o presente, de ti em relação ao mundo e do mundo em relação a ti.

—Entendo, o passado já está feito, portanto não pode ser mudado, não é assim?

—Você é uma menina inteligente! Os oráculos apenas antevêem as possibilidades, influências e tendências que contêm em si muitos poderes, dos quais o ser humano comum não consegue escapar. Mas aquele que sabe usar seu livre arbítrio, com certeza terá sabedoria para superar os limites impostos. A vibração de seu próprio nome, a posição dos astros no momento do nascimento e as programações limitadoras feitas no período de sua infância que devem ser usados como guias de orientação.

—A senhora pode me explicar mais?

—Estou aqui para isso. As cartas indicam que tudo dependerá do grau de tua consciência em usar a imaginação e a criatividade na realidade, deverás despertar o conhecimento ancestral trazido na genética, pois só assim darás o salto monumental.

Pacientemente e fazendo um pequeno suspense, continuou:

—Temos livre arbítrio, é teu direito. Saiba que ao repetir os gestos feitos em outros tempos atrairás as mesmas entidades presentes naquela ocasião. Cuidado com as palavras, gestos e também com os lugares por onde andares. Podes atrair coisas muitas boas, mas nada garante que não sejam atraídos também os teus opositores e desafetos. Nos dois casos precisarás de sabedoria e humildade para não continuar perpetuando os erros de outras vidas. Esta é uma lição a aprender que encerra pendências do passado, terminar o que foi iniciado há tempos. Assim, poderás passar a outro plano evolutivo. Ao mesmo tempo, amigos, companheiros de vidas passadas, virão ao teu auxílio, encarnados e desencarnados. Não te esqueças, sempre terás possibilidade de ritualizar, suavizando a vida. Crê: nem tudo se resolve no plano físico.

—Muito complicado — reclamei.

—Registra minhas palavras, vais precisar, és jovem ainda. Resolve tuas pendências do passado e não temas em viver o futuro, porque só este pode ser modificado no presente. As cartas indicam que provavel­mente passarás por alguns perigos, vais esbarrar na morte, serás testemunha de se­gredos alheios. Vais casar, ter filhos, sofrer isolamento tem­porário da sociedade e o seu marido será popular.

—Político?

—Não.

—Músico?

—Escute, também haverá sepa­ração. Não te casarás novamente.

—Como isso? Morrer sem amar outra vez? — perguntei inconformada.

—Entenda, casar de papel passado, isto não. Tu realizarás trabalhos pioneiros, in­fluenciando muitas pessoas, com experiências excên­tricas e incomuns. Só na meia-idade, depois de modificações radicais em tudo, começarás re­almente cumprir o teu destino. Deverá ter coragem, decidir tudo que deves fazer. Tomar a decisão de olhar de frente teus medos e fraquezas e com isso superá-las. Permita-me dar um conselho?

—Por favor!

—Sempre, em todas as situações, eleve a vibração dos pensamentos, evite cair na melancolia, depressão ou alimentar pensamentos negativos. Todas as vezes que te encontrares assim, será um sinal que estás agindo de maneira errada.

Calmamente, a sacerdotisa continuou:

—Bom senso é saber quando continuar e quando recuar. Equilíbrio, menina! Vais viajar muito, grandes e pequenas viagens, serás muito conhecida, prestarás muitos benefícios aos teus próximos.

—Parece bem complicada esta vida.

—Intrigante, tuas probabilidades futuras são incomuns. Não basta viver na imaginação. O teu processo de auto-identificação através das idéias e conceitos pode te levar a descobrir um novo veículo de expressão de impulsos criativos. Conflitos interiores surgirão, é preciso olhá-los, entendê-los. Dê a ti permissão de experimentar o lado primitivo e selvagem de tua natureza. Veja como funciona, crie estratégias no sentido de pacificá-los, assim abrir caminho para a sua evolução.

—Meu Deus, vai ser difícil! — exclamei temerosa.

—As pedras preciosas, antes de serem lapidadas não são belas. A tua beleza está ainda presa no teu interior. Ela precisa ser trabalhada da mesma maneira que um bom joalheiro lapida as suas jóias, para que a luz da tua alma surja brilhante. Serás desafiada a romper estruturas com quais tenhas te conformado. Irás relutar, mas certamente alguma força impulsionará esta rebelião interior. Tu saberás. Acontecerá até metade de tua vida. Quando tiveres experiência suficiente para aprender coisas mais profundas.

—Então vai ser difícil?

—Viverás situações limite — afirmou com determinação. — Na verdade, ou transcendes e te transformas reconhecendo o término de uma fase e o momento de escolher qual direção correta a ser tomada, ou te perderás nesta encruzilhada.

—Fale mais, por favor.

—Não sei dizer o que vai provocar isso, não será necessariamente uma pessoa ou um fato, mas algo poderoso o suficiente causará mudanças radicais. Tu receberás o sinal na virada, será marco divisório.

—O quê?

—Daqui para frente as cartas não falam mais nada, no entanto, ressalto que elas me levam a crer que os fatos decorrentes em tua vida farão parte de uma preparação espiritual especialmente destinada a ti. Tudo que vais aprender depois da “virada”, não está escrito em nenhum livro — finalizou.

Inutilmente, tentei saber quanto tempo viveria, pensando pode deduzir quando seria a metade da vida, esquecida da máxima: “Ambigüidade é característica dos Oráculos”.


 

BOCA MAL-DITA

“Tudo manifesta símbolos e sábio é
aquele que em qualquer coisa pode ler
outra “ (Plutino)

 

Nas consultas nem sempre falar o que se percebe ou intui é bom para quem fala, a previsão vira maldição e as pessoas começam a ficar com medo, o que é bom de um lado e ruim do outro.

Mas pensando bem na palavra “maldita”, ou maldição mudei de tática na forma de contar os fatos, vejamos: mal-dita, era o meu discurso que tinha que mudar, sendo assim não disse mais. É, mas passei a usar “provavelmente, tudo indica que...se tiver força de vontade isso pode mudar” e ai é que está a chave da questão.

Será que podemos mudar a palavra do ORÁCULO?

Vi muitas pessoas mudarem seus destinos, transformarem suas vidas, sararem de uma doença fatal e escreverem uma nova história para si mesmas. Mas até esta capacidade ou oportunidade de mudança estava escrita nas estrelas... sendo assim podemos afirmar que o ser humano é previsível... acho terrível ser previsível...

Como não ser previsível eis a questão...

Os genomas estão aí para dizer que podemos prever até a cor de nossos cabelos, dos olhos e as doenças que teremos no futuro... Como muitas pessoas com AIDS, hepatite C, câncer, ficaram apavoradas com as “previsões” médicas de quanto tempo elas tinham de vida, que soam como verdadeiras sentenças de morte, levando o sujeito ao suicídio. Mas conheci pessoas que contrariaram estas previsões de estatísticas e viveram muito mais do que o pré-visto. Um professor pode deduzir as dificuldades e facilidades de seus alunos no futuro...

O que é certo fazer, como deve ser o procedimento ético?

Perguntas e mais perguntas.

Na época em que fui procurar o Oráculo, não tinha a menor idéia de nada, somente lembrava desta cartomante na medida em que os fatos por ela pré-vistos aconteciam, confesso que criei uma enorme expectativa em relação do meu maravilhoso destino na meia idade. Hoje, porém, guardando as devidas proporções tanto do exagero dela como o meu, acho que ela teve 80% de acertos.

Porque as cartas pararam de pré-ver, porque me tornei imprevisível, acredito que sim, mas até esta possibilidade ela pré-viu, como já assinalei, portanto não podemos desprezar este recurso.

 

Também existe a questão quase não comentada por nenhum vidente que são as questões Bíblicas que exortam os fiéis a não consultarem os adivinhos e os astrólogos, devido a um rei que antecedeu a Davi que duvidando da promessa do divino que lhe daria o trono foi consultar um Oráculo e devido a isso todos os adivinhos ficaram mal vistos dali por diante. Pergunto que culpa tem o adivinho se a pessoa em questão duvidou da palavra de seus Deus? Nenhuma, dirão, mas mesmo assim todos os videntes ficaram mal vistos, sem que nada de mal tivessem feito.

Quando jovem não tinha esta segurança que possuo hoje, tanto que quando li a Bíblia fiquei tomada de um medo irracional da condenação e da maldição contida no texto, pois confundi a palavra “feiticeiro” com adivinho. Portanto quero deixar claro que o adivinho não é e nunca foi um feiticeiro.


 

A CONSULTA

 

Durante 14 anos dirigi e trabalhei como terapeuta acuputurista, parapsicóloga e taróloga no CEVIP, Centro de Estudos Vitalista Paracelso, como já contei, mas um dia depois de perder uma pessoa querida de forma dramática, o namorado quase marido, e me pegar em profunda depressão, viajei para a Europa em viagem de trabalho. “Graças aos deuses” depois estiquei até a cidade em que Paracelso está enterrado na Igreja de Santo Estevão, na Áustria. Lá chegando não resisti à tentação e fiz este jogo de tarô, para as próximas atividades de minha vida, depois li os salmos I, VII e XXX que ele tinha escolhido para serem lidos na ocasião de sua morte. Interessante que Paracelso não era homem, era mulher como ficou confirmado quando fizeram a sua exumação 500 anos depois.

O mais hilariante é que a cidade recebe milhares de turistas para verem a casa e o túmulo de Mozart e ninguém pensa em Paracelso, apesar de nunca faltarem flores na sua lápide, e todos os seus devotos que vão até lá oferecem violetas para o cientista.

imagem

Como podem confirmar pelo jogo acima por mim fotografado, mais um grande problema iria ainda enfrentar. Não imaginava qual... mas intuía que não seria fácil suportá-lo e de fato perdi meu filho mais velho que veio a morrer de hepatite C em fevereiro de 2000. Não imaginei que este jogo tivesse tanto alcance de tempo, mas hoje relembrando a pergunta feita na ocasião, que foi: — O que me espera para os próximos dez anos?.

Tive muitas mudanças radicais. Devido a estes fatos desenvolvi melhor minha criatividade para poder continuar vivendo, mas na época temi e não quis pensar nisso. Hoje quando passo por mais transformações, inclusive físicas devido à idade, e resisto menos do que no passado perdas significativas, pois não estava esperando que meu filho morresse, e acho que se alguém dissesse eu não aceitaria, e hoje percebo que todos insinuaram e que as cartas disseram eu não quis saber, de enxergar a realidade. Tanto me toquei disso que fui parando de jogar. Reflito que devo ser muito exigente comigo mesma, rigorosa demais, mas me sinto impulsionada a passar alguma coisa que aprendi e que são importantes aos novos.

Sinceramente creio que tanto, consultar as cartas quanto ter a responsabilidade de lê-las só fazem bem trazem auto conhecimento, e na pior das hipóteses traz cultura, foi o que pensei na época em que me debruçava nos livros para estudar o significado dos arcanos maiores e menores, costumava dizer para os amigos debochando: “No final deste processo serei mais culta e bem preparada para a vida, o que já está bom”.

Hoje, já mais culta e bem preparada para vida, percebo que as cartas são mais do que isso, falam mais do que mostram, e têm por objetivo maior desenvolver o próprio tarólogo ou adivinho, pois o Oráculo tem poder para transportar para outros estados de consciência em plena consulta de forma tão rápida que é quase imperceptível, levando a ter contato com seres de outras dimensões e assim é quando se dá as verdadeiras e maravilhas consultas, que ficam guardadas secretamente na memória de quem disse e de quem ouviu. O Oráculo é isso, um transe hipnótico, que proporciona ao adivinho a possibilidade de ir e vir sem se prender no inconsciente do outro ou do coletivo e quando o profissional é “pego” pára de jogar, não pode mais “Ver” nada, pois sua mente saiu desta dimensão, projetou-se para outros universos embora seu corpo esteja aqui. Quantos adivinhos que todos nós já conhecemos que pararam de atender.

Como voltar de uma situação destas, me perguntarão; respondo que uma hora todos voltam, mas para que este processo seja rápido, habitue-se a refletir todos os dias sobre o que disse em suas cartas para os outros, separe bem o que esta acontecendo na sua vida e o que acontece na dos outros, pois basta passarmos por um problema para que apareçam vários casos semelhantes e é justamente aí a armadilha, ao “ver” para o outro, você se auto impressiona também — como o outro não “vê”, você que caiu na asneira de se projetar nele, passa a não ver também entrando no vácuo de seu inconsciente e lá se perdendo, até que um dia se lembre do que aconteceu e como aconteceu e reverta este quadro finalmente. No entanto quando nos perdemos no mar do inconsciente coletivo, só nos basta achar um tronco de árvore e nos agarrarmos nele como um salva-vidas e esperar boiando chegar em alguma praia do outro lado. Em geral isto é acompanhado da perda de seu animal de poder.

Não negligencia com a sua segurança, lembre-se que trabalha com o seu cérebro, com a sua para-normalidade, com a sua capacidade mental e ela deve estar em boas condições, tome todos os cuidados tanto fisicamente, como espiritualmente, se puder faça terapia individual. Pois as armadilhas só são perceptíveis por você quando estiver saindo dela, antes ela age como um bálsamo para o que não está resolvido na sua vida.

Talvez por isso seja conhecida como a arte de segredos, as consultas são invioláveis, eu própria me auto programei para esquecer o que dizia e ouvia de minhas clientes, e realmente esqueci, mas minha memória se aviva se elas mesmas mencionarem qualquer fato e depois volta ao esquecimento novamente.


 

AMADO AMIGO

Chico Xavier um dia perguntou ao seu
Mentor sobre a sua paranormalidade
o porque de possui-la.
O mentor respondeu: Se a laranjeira parar
para questionar porque dá laranja, jamais
vai produzir frutos.

 

O DOM é indiscutível.

Não pretendo ensinar a consultar o Tarô ou qualquer Oráculo, me contento em dar algumas informações que acho preciosas para quem vai iniciar ou já começou e está procurando alguma literatura que o oriente. Caro amigo, pouca coisa vai encontrar, talvez porque todos que nos antecederam sejam humildes e discretos, e não viram razões para escrever nada, uma vez que a tradição de oráculos seja que o adepto deve ser ensinado por um Mestre.

Naturalmente, que nos dia de hoje a maioria das pessoas que aprenderam a consultar as cartas o fizeram por sua própria conta e risco, e se desenvolveram jogando para os amigos em dias de festa, alegres por serem auto orientados.

É para estas pessoas que escrevo, pois sei que ninguém dirá nada, uma vez que é você o adivinho, as pessoas pensam: “Então que adivinhe sozinho”. Neste momento você já sabe que está só. Saiba caro amado que não é o único, e que você escolheu uma forma diferenciada de iniciação, a auto-iniciação. Evidente que será assaltado por todos os tipos de dúvidas e incertezas, vacilará, e sentirá o peso de seu próprio jogo, quando jogar para si mesmo, e não terá ninguém ao seu lado para dizer que isso é assim mesmo.

Pensando nisso e por amor a você que escrevi este folheto, que não chega a nem a ser uma apostila, poderia fazer deste apaixonante tema um belo livro, mas tanto eu como você sabemos que iria dizer coisas lindas mas não diria o que quer saber. E o que quer saber é pouco quando tratamos de número de páginas, mas é muito quanto conteúdo.

Para aquele que está lendo este folheto e não é um adepto, naturalmente nada demais verá nas dicas, perguntará, até, porque tanta coisa para tão pouco. A você eu digo, que nestas palavras estão contidas muito mais informações do que você pode pensar, e afinal o folheto é para adivinhos.


 

22 DICAS de OURO

 

Ao lado do templo de Apolo na Grécia onde
as sacerdotisa consultavam o Oráculo existia uma
árvore de Louro, e desta árvore é que eram
colhidas as folhas para fazer as coroas para os heróis.

 

1a DICA

Ao consultar o Oráculo a informação verdadeira ou confiável é sempre a primeira que vem a mente, se tiver que raciocinar ou avaliar vai errar, diga a primeira idéia imagem sem autocensura e acertarás, mesmo que esta nada tenha a haver com os signos que estão sendo consultados.

 

2a DICA

É natural o adivinho captar o consultante, eu mesma cansei de sentir coisas que a pessoa que estava na minha frente tinha e ao relatar o que sentia descrevia o que o outro estava passando, com impressionante acerto, e me admirava que a maioria destas pessoas não queria solução para a sua questão só queria que eu confirmasse se estavam do jeito que se sentiam ou não. Ou às vezes era para isso que dava credibilidade ao meu jogo.

Digo a você caro estudante a adivinho, não é isso que vai te dar acertos, lembre-se é a sua capacidade de dizer a primeira coisa que vem a mente na hora em que o jogo é aberto. Não confunda captação e empatia, esteja alerta para não cair na armadilha.

Para prevenir traga junto a seu corpo um cristal, pode ser em forma de pingente, e tome um banho logo depois da consulta se os sintomas do outro ainda permanecerem em você, e coloque o seu cristal em um banho de água e sal por uma noite.

 

3a DICA

O que você faz quando é o cliente que capta você, lógico que o jogo em questão é para você e foi o cliente quem teve empatia com a vida. Isso acontece, precisa estar alerta, e ter bom humor, anotar as cartas e começar tudo de novo. Isso já me aconteceu algumas vezes, eu continuei jogando para mim através da cliente, disse isso para ela e não cobrei o seu jogo que foi logo a seguir.

 

4a DICA

Sempre inicie o jogo da mesma forma, tornando um ritual com o tempo portanto ritualizar para funcionar melhor. É indispensável ter alguma pedra na mesa, embora o ideal seria colocar os pé numa pedra no chão que estiver pisando durante o jogo. Isso vai fazer com que seu Oráculo não saia nunca do mesmo lugar. Pois é o lugar que vai ficar imantado, não você. Na impossibilidade desta pedra mentalize que está pisando em uma pedra, assim poderá locomover seu Oráculo. Use incenso de limpeza no local de espera, antes dos clientes entrarem, ao começar a jogar use incenso de Maçã ou outro qualquer de relaxamento, e quando encerrar o expediente coloque Mirra para as divindades que eles carregam em sinal de sua gratidão. Se intuir durante a seção que a pessoa está muito carregada, use primeiro o incenso de Cânfora ao lado dela, e depois use o de Alfazema para limpeza ao seu lado.

 

5a DICA

Ao iniciar o jogo peça para a pessoa estender as mãos e coloque as suas em cima das dela, olhe em seus olhos e faça uma oração de abertura. No final repita o procedimento e ao retirar a sua mão coloque uma pedra de cristal nas mãos dela e peça que leve como seu presente. Não dê conselhos e não queira saber mais do que ele quer te contar.

 

6a DICA

Não permita que o consultante diga nada antes de você jogar, lembre-se que ele está ali para ouvir você, não para falar; não transforme seu Oráculo em seção de psicologia.

 

7a DICA

Jamais abra o seu Oráculo com qualquer rito religioso ou com trabalhos em que estejam usando plantas de poder seja ela qual for. Nem plantas de poder com o oráculo dos Busios da Umbanda ou do Candomblé e os baralhos Ciganos, são coisas que não combinam de forma nenhuma. Isto vale para todos os produtos químicos também. As razões não são moralistas, são de ordem energética e espiritual. No passado distante da humanidade no Templo de Apolo as sacerdotisas usavam uma planta especial para entrar em transe, mas esta planta se perdeu, e a licença de seu uso cessou e de lá para cá não se deve usar nada além de água com uma folha de louro dentro, se quiser usar alguma coisa facilitadora. Eu cheguei a plantar uma árvore de Louro no jardim de minha casa e quando mudei de casa, tirei uma muda daquela árvore e plantei na casa nova e só comecei a jogar novamente depois que ela pegou.

 

8a DICA

Não se fantasie de cigana, nem de egípcia e nem de qualquer outra coisa que não é, o Oráculo não é um espetáculo que precisa de figurino, use a sua vestimenta, de sua forma atual. Na cor de sua preferência. Tenha sempre dois iguais, para trocar, não use a mesma roupa que vai sair na rua, tenha sempre seu traje para se apresentar diante do Oráculo, que seja discreto, e limpo.

 

9a DICA

Deixe claro para o consultante o que ele terá, presente, passado, futuro e três perguntas adicionais ou mais, não estenda infinitamente, saiba parar, mesmo porque o Oráculo é coisa breve.

 

10a DICA

Suas cartas ou o objeto de sua adivinhação devem ficar guardados quando não estiver usando em um tecido macio e escuro, pode ser preto ou azul marinho. Explique o valor das cartas, a história dos símbolos que usa, conte as histórias de seu baralho, passe um pouco do conhecimento ao qual pertence para que ele se preserve.

 

11a DICA

Consagre suas cartas no fogo antes de começar a usá-las, e quando elas estiverem velhas queime no mesmo fogo que foram consagradas. Se o seu ambiente estiver muito quente respingue um pouco de água em volta da mesa em que está jogando. Use somente vasilhas e copos de cristal.

 

12a DICA

Quando consultar para outro tarólogo ou adivinho não cobre coisa alguma. Não caia na tentação de achar que o outro também sabe consultar o Oráculo que você vai se auto dispensar de usar todos os passos de seu rito de consultas, ou deixar subentendido alguma coisa pensando que o outro entendeu, diga tudo claramente, mesmo que tenha a certeza que o outro pela sua experiência já sabe.

 

13a DICA

Não invoque espíritos dos mortos para te ajudar com o Oráculo, por mais tentador que isso possa te parecer, mesmo que se digam ciganos, lembre que o poder da adivinhação é seu, não vem de mais ninguém, esta é uma das piores armadilhas que o adivinho pode entrar, atribuir seu poder aos espíritos ou outra coisa que não seja ele mesmo. Existem milhares de entidades sugadoras de energia que fazem qualquer coisa para viver sem precisar encarnar-se e fazem dos desavisados suas vítimas prediletas.

Não confunda seu dom com outras coisas como às vezes alguns médiuns canalizam entidades missionárias para dar seus recados, mas quando isso acontece o médium logo que tiver realizado sua missão pára de usar o recurso do Oráculo, sua atividade é temporária, ele não trabalha realmente com o oráculo.

Não use estátuas, fotos em cima de sua mesa de jogo, seja de quem for, no lugar delas use a flor da preferência do santo ou do orixá ou do espírito em questão evitando assim entrar em conflito com a fé de quem vem te consultar e estará livre da prática da idolatria.

 

14a DICA

Evite comentar sobre a sua vida particular. Não se envolva sexualmente. Evite abusar do encanto que a adivinha gera em seu redor.

 

15a DICA

Tenha sempre um copo de água encima da mesa que será trocado a cada pessoa que você consultar, jogue esta água num vaso ou direto na terra fora de seu local de consultas. Não a beba e nem deixe ninguém bebê-la, esta água ajuda a neutralizar as energias negativas do local. Se por uma infelicidade alguém vier a bebê-la, você deverá esclarecer a pessoa do que aconteceu, ofereça em seguida um banho com ervas de limpeza e dê passes de desimpreguinação astral, ao desavisado.

 

16a DICA

Não cobre de seus familiares, nem dos moradores de sua rua, nem de pessoas que saiba que estão com doenças ainda incuráveis. Quando mais de um cliente deixar de pagá-lo alegando estar sem dinheiro, observe este mau sinal para a sua vida, use de tato e delicadeza com estas pessoas, não se recuse a jogar, mas antes desta pessoa sair dê a ela uma de suas pedras especiais de presente, pois tudo que ela busca é a sua sorte e ela provavelmente se contentará com a sua pedra achando que está levando vantagem em se tornar possuidora de tão preciosa pedra.

No entanto se mais pessoas estiverem pedindo seu trabalho de graça, pare e questione sinceramente se realmente o seu Oráculo esta valendo alguma coisa.

Saiba amado adivinho que a tradição dos Oráculos ensina que não se pode consultá-lo de graça, dinheiro de consulta é energia em circulação e alguém terá que fazê-lo circular, se não for o seu cliente será você, e é devido a isso que muitos adivinhos começam a perder seus bens e não sabem o erro que cometeram, ao serem excessivamente condescendentes ao bloquearem esta poderosa energia. No entanto se você quiser fazer uma “graça” para a pessoa em questão, coloque o seu dinheiro no lugar do dela, mas saiba que dividirá também a má sorte dela. Se ela lhe der um objeto como troca, não use. Nestes casos é melhor encaminhar a pessoa em dificuldade para um de seus alunos.

 

17a DICA

Não jogue durante três dias após a morte de seu cliente. Coloque no seu altar o nome dele e ore por ele todos os dias de sua vida. Por favor só revele a aproximação da morte de seu cliente mesmo que for um adivinho como você, informe que a pessoa deve fazer um balanço da vida, colocar suas finanças em ordem, consultar um médico, meditar na vida eterna, abençoar aos amigos e perdoar os inimigos, fazer um testamento, e por aí a fora...

 

18a DICA

Ensine pelo menos para três pessoas tudo o que sabe antes de desencarnar, conte tudo, acertos e erros. Quando sentir que você próprio vai partir deste mundo, avise seus clientes que vai fazer uma última jogada para eles e depois queime todos os nomes de seu altar, e as fichas se por acaso as tiver e os seus baralhos e todo o material de seu oráculo também. Quanto às suas pedras, distribua para os seus amigos ou as dê para seu herdeiro espiritual.

 

19a DICA

Explique sempre que se você joga é porque tem licença do astral para indicar algumas pistas a pessoas especiais, e que age apenas como mensageira, intermediária entre dois mundos. Que o oráculo não é um tribunal, para dar sentenças. O oráculo age mais como uma pesquisa do IBOPE, prevê, e sugere, alerta.

 

20a DICA

Interiormente siga o calendário natural em que o ano começa na entrada da primavera no dia 22 do mês 09. Observe as fases da Lua para determinados jogos ou ritos, evite as Luas fora de seu curso.

 

21a DICA

Explique ao cliente que você não é médico para receitar remédios, no entanto pode indicar sugerir ervas naturais para chás e banhos. Mas sempre no caso de doença peça para a pessoa consultar o médico da família, o mesmo procedimento quanto às questões jurídicas e financeiras. No passado o adivinho fazia estas funções hoje em dia isto não é mais necessário.

 

22a DICA

Faça uma oração e o autopasse antes e depois de iniciar suas cessões do dia. Comece a consulta só depois que estiver convicta que seu animal de poder está ao seu lado.


 

 

BREVE HISTÓRICO DE ANA VITÓRIA

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Pertenço à 4a geração de estudiosos do espiritualismo, como dizia minha amada e saudosa avó materna Miretta Lacerda os dons para-normais estão na nossa genética e o gosto pelo estudo de pesquisa que aprendi na convivência diária com ela, que me alfabetizou aos cinco anos de idade, quando todas as crianças começavam a ler aos sete anos. Ela orientou as minhas primeiras e segundas leituras. Depois “assaltei” a biblioteca de minha mãe Philomena, assim com PH como gosta de lembrar, que os mantinha trancados, pois sabendo do meu gosto por livros, achava que eu tinha pouca idade para os devorar. No entanto deixava à vista as fábulas de Esopo e as mitologias gregas, que releio até hoje. Meu pai no entanto lia e relia para mim os livros de iniciação esotérica e de alquimia comentando longamente a cada parágrafo. Atrás da porta assistia as seções espíritas de minha tia Beni, irmã mais nova de minha avó.

Cresci num universo de pessoas que estão sempre em questionamento filosóficos, que colocavam à prova tudo que recebem do mundo astral. Conta-se que meu bisavô Elói Lacerda pedia o endereço dos espíritos recém encarnados que se comunicavam em suas seções espíritas e depois ia conferir a veracidade dos fatos. Do lado paterno os Vieira Monteiro eram cristãos católicos, depois desiludiram-se com o Bispo de São Carlos pelos idos de 1945, ficando além das alegres fogueiras das festas juninas o nome dos apóstolos dado para os seus filhos, meu pai chamava-se Pedro que desenvolveu o gosto pelo esoterismo devido a um presente de uma pessoa que deu a ele uma bola de cristal puríssimo e um livro da Cruz de Caravaca, como demonstração de gratidão por um favor recebido, que me foi ofertado pouco antes de sua passagem deste mundo.

Primeira filha de meus pais nasci em 2/2/45. Devido à vitória dos aliados na guerra recebi o nome de VITÓRIA, na cidade de São Carlos. Aos 5 anos junto com minha a família vim para São Paulo e aqui permaneci, estudando piano, fazendo os estudos primários e secundários no bairro da Penha. FUI trabalhar no jornal da Penha onde tinha uma coluna para jovens, FUI para a Rádio Marconi, casei com o radialista e jornalista Gil Gomes, indo morar no Jardim da Saúde. Tivemos três filhos, estudei astrologia, pintura e tapeçaria espanhola. 14 anos depois nos separamos. Estudei então acupuntura, shiatsu, doin e parapsicologia, abrindo a Clínica Vitalista Pára Celsus como terapeuta acupunturista. Recomecei a escrever editando jornais alternativos, participei de movimentos de Ecologia, de preservação animal e vegetal, dei palestras por todo o Brasil. Tornei a me relacionar amorosamente, encontrei Marcos um quiromancista inigualável que depois de dois anos, se matou por saber ser portador de uma doença incurável.

Fechei o consultório depois de 12 anos e FUI em busca de realizar meu sonho. Ser escritora. Mudei de casa, mudei de vida, mudei de calendário — passei a me reger pelo calendário Maia. Formei um grupo de estudos xamânicos somente com artistas. Compus poesias e músicas.

No entanto meu filho primogênito Guilherme Gil Gomes, depois de perder sua filha de incompetência médica na hora do nascimento, algum tempo depois veio a falecer prematuramente de hepatite C, depois de anos de luta contra este grande mal, que o atormentou nos últimos anos de vida, sem cura. Daniel entrou para a faculdade de direito e se casou, deu-me três netas se tornou Pastor Cristão. Vilma se formou advogada abriu escritório e casou e veio morar comigo por um tempo.

Entrei para o mundo VIRTUAL, criei um saite e passei a responder milhares de e-mails por dia, descobri um novo mundo de muitas janelas. Embalada por impulsos interiores tive a loucura de não desistir até que meu sonho virasse realidade! Escrevi para TEATRO as peças: O DISCO SOLAR - CHICO MENDES e o ENCANTADO - BRASIL OUTROS 500 - A VIZINHA de NOÉ. E outros textos inéditos: MÃE da MINHA MÃE - PRATOS LIMPOS - FOGO ETERNO.

Livros: Xamanismo, A Arte do Êxtase - A Morte da Fênix pegou na jugular - Timidez revelada (poesia) - Ayahuaska, Bacantes, no Teatro Oficina - Casaco de Antílope

Minha história e nem as histórias que escrevo ainda não acabaram pois a vida que vivo continua no mundo material, no mundo teatral e no mundo virtual, apesar de que os que amei terem se transferido para o no mundo espiritual, penso que ainda tem muitas pessoas que aprendi a amá-las e que estão neste mundo e é pelo prazer da companhia delas que vivo com alegria.

O SÍTIO de Ana Vitória na net sobre a história do Xamanismo no Amazonas — A Arte do Êxtase:
www.maraka.atfreeweb.com ou
http://membro.intermega.com.br/maraka

Escreva diretamente pelo e-mail - maraka@terra.com.br


 

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